Motta diz que crise na Varig provocou aumento no preço das passagens
A suspensão de diversas linhas da Varig provocou a superlotação dos vôos e a criação de um cartel, denunciou nesta quinta-feira (29) o senador João Batista Motta (PSDB-ES). Ele responsabilizou o governo federal pela situação.
- O governo desprezou a Varig, não teve coragem de enfrentar o problema da empresa, e o resultado é o seguinte: hoje, para comprar uma passagem aérea de Brasília para o Espírito Santo, que há poucos dias custava entre 200 e 300 reais, a pessoa terá que pagar 1.488,22 reais - disse.
Sem vagas nos aviões e com as passagens aéreas a preços elevados, a saída para o brasileiro seria viajar de carro, disse João Batista Motta. Ele observou, no entanto, que nem essa alternativa é viável atualmente porque, além das estradas federais continuarem esburacadas, os assaltos nas rodovias, que antigamente ocorriam principalmente à noite, já estão ocorrendo à luz do dia.
- Paralelo a tudo isso, a crise na agricultura, que a TV Globo noticiou como sendo apenas no sul do Brasil, está generalizada em todo o país. Onde há agricultor, há desespero e dor. O ministro demissionário da Agricultura, Roberto Rodrigues, saiu apontando o câmbio como responsável por ele deixar a pasta com o título de ministro da crise da agricultura - disse João Batista Motta.
Na avaliação do senador, diante de tantos problemas só resta ao eleitor brasileiro escolher um novo presidente para o Brasil na próxima eleição. Embora elogiando os senadores candidatos à Presidência da República, Cristovam Buarque (PDT-DF) e Heloísa Helena (PSOL-AL), ele disse acreditar que a melhor opção é o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.
Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) manifestou sua esperança de que seja encontrada uma saída para a Varig e também se solidarizou com o ex-ministro Roberto Rodrigues. Já o senador Mão Santa (PMDB-PI) disse que nos municípios do cerrado piauiense os agricultores estão usando adesivos contendo uma fotografia do presidente da República e a seguinte frase: "Lula, a maior praga da agricultura".29/06/2006
Agência Senado
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