Mozarildo cobra política efetiva de redução das desigualdades regionais
Lembrando que um dos objetivos fundamentais do país, expressos na Constituição federal, é reduzir as desigualdades regionais, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) cobrou, nesta quinta-feira (16), do governo federal políticas efetivas para estimular o crescimento nos estados menos favorecidos. A seu ver, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, não conseguirá cumprir a meta de crescimento de 5% ao ano sem que providências nesse sentido sejam tomadas.
- Não é apenas mais uma aspiração política, não é apenas mais uma reivindicação daqueles que vivem nas regiões mais pobres: é um imperativo constitucional - frisou.
Mozarildo lamentou em especial a situação da região Amazônica, destacando Roraima, que, embora rica em minerais, enfrenta dificuldades no escoamento da produção e em relação à demarcação das terras indígenas, que inviabilizam o desenvolvimento do estado.
O senador disse que não uma política de desenvolvimento da Amazônia, acrescentando que "o modelo que está sendo feito é o modelo do nada".
Mozarildo ilustrou seu discurso com a leitura de trechos do artigo "Diferenças regionais continuam" publicado no Estado de S. Paulo. De acordo com o artigo, a renda de um cidadão paulista é 500% maior de que a de quem nasce no Maranhão; um habitante do Distrito Federal tem renda 690% superior a de quem reside, por exemplo, no Piauí, enquanto que um fluminense embolsa 350% a mais do que um cearense. O artigo traz aindaopinião de Aristides Monteiro Neto, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), segundo a qual o Brasil deixou há anos de ter uma política para superar suas desigualdades.
Em aparte, o senador Paulo Octávio (PFL-DF) apoiou o pronunciamento de Mozarildo, afirmando que "o Brasil precisa se desenvolver como um todo".
16/11/2006
Agência Senado
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