Mozarildo pede maior participação política das mulheres



O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RO) disse em Plenário, nesta sexta-feira (7), que a passagem do Dia Internacional da Mulher - 8 de março - deve ser a oportunidade para uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade atual, bem como para a discussão de formas de eliminar a discriminação que as mulheres ainda sofrem. O senador pediu que as brasileiras participem mais da política, uma vez que, para ele, a sensibilidade feminina pode contribuir para resolver os problemas do país.

Em muitos países, observou Mozarildo, ainda existem mulheres que enfrentam condições graves de discriminação e enfatizou que as conquistas femininas vão sendo adquiridas lentamente. Ele lembrou que, no Brasil, por exemplo, as brasileiras apenas puderam votar em 1932. E disse que, apesar das conquistas, ainda sente "um certo distanciamento" das mulheres em relação a questões importantes que afetam o país.

Mozarildo lembrou também que o dia 8 de março foi escolhido como o Dia Internacional da Mulher porque foi nesse dia, em 1957, que cerca de 150 operárias de uma indústria de tecidos nos Estados Unidos foram presas na fábrica, que foi incendiada com as mulheres dentro. As operárias foram mortas porque reivindicavam redução da carga horária de trabalho de 16 para 10 horas diárias, bem como a equiparação com o salário dos homens que desempenhavam a mesma função, uma vez que elas recebiam cerca de um terço do valor do salário masculino, registrou o senador.

Amazônia

No mesmo pronunciamento, Mozarildo comunicou que apresentou à Mesa do Senado projeto de resolução (PRS 07/08) com a finalidade de criar a Comissão da Amazônia. Atualmente as questões relativas a essa região são tratadas pela Subcomissão Permanente da Amazônia, que funciona no âmbito da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). O senador disse não concordar que um tema dessa relevância seja abordado por uma subcomissão.

Mozarildo Cavalcanti defendeu a criação de um colegiado específico para debater as questões de interesse da Amazônia. Ele alertou pelo fato de o brasileiro não cobiçar aquela região isso poderá facilitar as tentativas de que se implante uma gestão internacional naquela área. Mozarildo ressaltou que a Amazônia está no foco de debate internacional, vista tanto como vilã - pela incidência deações de devastação e outros atos identificados como ilegais -, quanto como um local de cobiça estrangeira.

Maçonaria

O senador comunicou ainda que acontecerá neste sábado (8) a eleição para grão-mestre geral do Grande Oriente do Brasil (GOB), uma das correntes maçônicas do Brasil. Lembrou que é candidato ao cargo, pela chapa "Novo GOB" e que o cargo tem jurisdição nacional.

Informou que um dos pontos fundamentais de sua proposta é tornar a Maçonaria mais aberta à sociedade. Ele ressaltou que historicamente a instituição tem contribuído para combater tiranias, despotismos e preconceitos e, por isso, precisou manter-se secreta para não sofrer represálias. Hoje, enfatizou, a Maçonaria não precisa mais se esconder, mas ainda preserva seus segredos por tradição. Ele sugeriu ao plenário a leitura de livros que abordam o assunto.



07/03/2008

Agência Senado


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