Vanessa Grazziotin defendeu maior participação das mulheres na política




A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) propôs em Plenário nesta quarta-feira (6) ampliar o debate sobre a Reforma Política, em discussão no Congresso Nacional, para assegurar uma participação mais ampla das mulheres no processo político. A senadora defendeu a adoção do sistema eleitoral de lista fechada, pré-ordenada pelos partidos, com alternância entre candidatos e candidatas.

- Nós, mulheres, precisamos nos unir no Brasil inteiro e desenvolver um grande movimento para sensibilizar a sociedade e o Parlamento, a parte masculina do Parlamento, da importância de inserir nesta Reforma Política o componente referente às mulheres. Porque nós não podemos mais viver numa sociedade que tem uma mulher no principal cargo da República, a presidente Dilma, mas ainda convive com índices de participação feminina no Parlamento que são inaceitáveis -, conclamou a senadora.

Vanessa Grazziotin destacou que o Brasil ocupa hoje o 145º lugar no ranking de países com participação feminina no poder. Dentre os países que integram as Nações Unidas, o Brasil ocupa a 108º posição. Para a senadora, esses índices não refletem o espírito democrático do país e são resultado do sistema eleitoral vigente, que alija as mulheres do processo eleitoral.

- Por isso abraçamos com muita força a defesa da proposta do estabelecimento, como sistema eleitoral novo, de lista fechada pré-ordenada, com alternância entre homem e mulher. Exatamente por conta deste novo sistema, países como Costa Rica, Argentina e França avançaram e os parlamentos daquelas nações tem presença de mulheres superior a 30%, 40%.

A senadora do Amazonas lamentou o empate, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado nesta manhã, na votação sobre o sistema de listas fechadas ou sistema de voto distrital que, segundo ela, levou a discussão novamente "à estaca zero". E propôs recomeçar o debate sobre o tema na Casa e também na Câmara dos Deputados.

Vanessa Grazziotin registrou ainda ter discutido a participação das mulheres esta semana, em audiência pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, com a participação de outras representantes femininas no Congresso. Do encontro, disse, saiu a "Carta das Mulheres Catarinenses", que também defende a lista fechada e o financiamento público de campanha.

06/07/2011

Agência Senado


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