Mudança nas leis trabalhistas racha sindicatos
Nesta terça-feira a Câmara dos Deputados vai votar um projeto com o qual o Governo pretende revolucionar as relações trabalhistas no País. Ele permite que acordos entre patrões empregados se sobreponham à Consolidação das Leis do Trabalho, até mesmo em questões como o pagamento das férias, 13º salário e licença-maternidade.
O Planalto estuda a possibilidade de fazer a reforma por meio de medida provisória, caso haja impasse no Legislativo, onde a proposta vem gerando polêmica. "Os sindicatos poderão negociar a manutenção dos empregos", defende o ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, com o apoio da Força Sindical. "O que o Governo quer é reduzir direitos adquiridos", retruca o presidente da CUT, João Felício. (pág. 1, 18 e 19)
A advertência é do ex-coronel Ali Ahmad Jalali, que lutou contra os soviéticos e hoje, nos Estados Unidos, é um respeitado analista da cena afegã. Para ele, cabe à comunidade internacional intervir e evitar novos banhos de sangue. Jalali afirma que, por enquanto, quem tem mais tropas e capacidade de fogo dá as cartas. "Se o vazio do poder não for preenchido logo, o país cairá de novo nas garras dos senhores da guerra", adverte. (pág. 1 e 14)
A partir de agora, os interesses da saúde pública e os programas de acesso aos medicamentos essenciais podem ignorar os acordos sobre patentes de remédios. "Quando se tem razão, conquista-se o apoio da opinião pública, inclusive da internacional", orgulha-se Serra. (pág. 1 e 8)
Questionário aplicado pela "Agência de Notícias dos Direitos da Infância" em 15 entidades correcionais revela que só duas permitem visitas íntimas e apenas quatro distribuem preservativos aos internos. Não é o caso de São Paulo, que abriga uma população de 4.850 menores infratores, e maior do País. (pág. 1 e 3)
EDITORIAL
"Desafio Colombiano" - À medida que o tempo passa e o Plano Colômbia idealizado pelos EUA no final do governo Clinton perde fôlego, entre outras coisas pelo redimensionamento quase total de sua política exterior em torno da guerra do Afeganistão, a questão colombiana e a situação de sua enorme fronteira com o Brasil ganham contorno cada vez mais grave. (...) (pág. A2)
COLUNA
(Coisas da Política - Dora Kramer) - Depois de amanhã pode ser uma terça-feira gorda ou magra para os tucanos adeptos da candidatura do ministro José Serra. Tudo vai depender da resposta que ele der a um grupo integrado por gente da Executiva do PSDB, os líderes do partido na Câmara e do Governo no Senado, o prefeito de Vitória, Luiz Paulo Veloso Lucas, e o ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira. Vão assim, em caravana, pedir a José Serra que encerre sua carreira de ministro da Saúde e inicie a trajetória de pré-candidato do PSDB a Presidência da República. (...) (pág. 2)
(Ricardo Boechat) - Com os dados da arrecadação federal nas mãos, técnicos da Fundação Getúlio Vargas descobriram que, entre janeiro e outubro último, os bancos pagaram menos Imposto de Renda do que em igual período do ano passado.
A queda foi de 36,8%.
A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido do setor também caiu: 38,7%
Já o IR das infelizes pessoas físicas aumentou 1,6%.
Os banqueiros devem estar chorando de rir. (pág. 6)
11/18/2001
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