Neto de Ulysses Guimarães ressalta legado do avô na vida pública do país



Ao agradecer da tribuna do Senado a sessão solene do Congresso em homenagem a memória de Ulysses Silveira Guimarães (1916-1992), o neto caçula do político paulista, Tito Henrique Silva, recordou, nesta segunda-feira (15), momentos de sua infância em que teve a oportunidade de conviver com o avô.

Segundo ele, mesmo tendo apenas 13 anos na época do falecimento de Ulysses e de sua esposa D. Mora no acidente em Parati (RJ), ainda se lembra bem do sentimento agradável que a presença dos dois avós proporcionava ao ambiente familiar.

— [Minha avó] Dona Mora dizia que o bom político costuma ser mau parente. Confesso que tenho que discordar. Apesar de a maior parte do tempo eles estarem em Brasília, seu carinho de avós, sua bondade e a alegria de sua presença sempre compensavam essa ausência, sem contar a sensação boa de ouvir a mesma trilha sonora em diferentes locais públicos: aquela chuva de aplauso — recordou.

Tito Henrique Silva confessou que somente pôde compreender a importância de seu avô para a vida pública nacional depois de muitos anos, quando leu e ouviu sobre a sua integridade, firmeza de caráter e postura.

Conforme disse, até hoje, sempre que é identificado como neto de Ulysses Guimarães, as manifestações das pessoas são sempre de carinho, quando não emocionadas. “Que falta que faz o Dr. Ulysses!", afirmou, é a frase mais freqüente que ouviu nos últimos 20 anos.

Ele mencionou a série A História de Mora, publicada pelo jornal O Globo, todos os domingos, durante um ano, que foi produzida pelo jornalista Jorge Moreno, amigo de seu avô.

- Sim, é indiscutível: Dr. Ulysses está vivo, tanto na democracia, na Constituição, nas suas obras políticas, como na memória dos amigos e dos brasileiros — afirmou, ao enumerar as homenagens e as referências a Ulysses na vida pública brasileira.



16/10/2012

Agência Senado


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