NO MOMENTO, TODOS DEVEM DAR UM CRÉDITO DE CONFIANÇA AO GOVERNO, DIZ GILVAM BORGES



Em contraponto ao pronunciamento de Roberto Requião, o senador Gilvam Borges (PMDB-AP) afirmou que o país atravessa crise momentânea, da qual se levantará nos dois anos finais do mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. Cabe a todos os brasileiros, exortou, "dar um crédito de confiança aos esforços do governo federal para a superação dessa fase crítica". Na opinião de Gilvam Borges, o país foi atingido por um ataque especulativo, mas o governo está tomando todas as medidas a seu alcance para minimizar a crise, sem afastar-se de suas principais referências: "a defesa do poder de compra dos assalariados e a salvaguarda de seus empregos". Entre as medidas tomadas, o senador salientou que o governo, forçado a mudar a política cambial, "teve o cuidado de elevar discretamente a taxa de juros".O principal efeito das mais recentes mudanças econômicas, no entendimento do senador, é o de que as engrenagens da economia nacional não mais estão na dependência de decisões externas, daí a importância da contribuição de cada um.Ao Congresso, assim, caberia o papel decisivo de "atender aos reclamos do bom senso e votar, sem vacilação, as propostas saneadoras das finanças públicas, encaminhadas para cá pelo Executivo, por mais amargas que sejam tais medidas", disse. Ao Senado, acrescentou, cabe deliberar sobre a CPMF, os cortes orçamentários e a criação da contribuição previdenciária dos inativos, num "mutirão legislativo" que pode adentrar os finais de semana, como "a sensibilidade do senador Antonio Carlos Magalhães, antenado para a gravidade do momento", já admitiu. Aos estados e municípios, continuou o senador, cabe sanear suas finanças sem, a pretexto de problemas técnicos e operacionais de ordem financeira e fiscal, "tirar proveito político de uma conjuntura delicada para a União". Para Gilvam Borges, "não pode haver tolerância para quem apela para a irracionalidade demagógica". Nesse sentido, a moratória declarada por Itamar Franco seria "um tanto negativista", enquanto o recurso à Justiça feito por Olívio Dutra, do Rio Grande do Sul, teria "legitimidade incontestável".À União, por sua vez, cabe "uma fiscalização atenta e capilar do comportamento dos preços", afirmou.Contra o derrotismo, o senador recomendou otimismo e confiança no governo, lembrando as conquistas do Plano Real, principalmente seus efeitos de distribuição de renda.Considerando a manifestação de Requião repleta de "críticas raivosas, odiosas", dignas de um "Príncipe do Apocalipse", Gilvam recomendou que o presidente da República não dê ouvidos "aos aproveitadores que querem a queda de Pedro Malan". O senador reiterou seu apoio a Fernando Henrique e, contra os derrotistas, assegurou que "o Brasil não acabou. Estamos nos organizando para nos levantar".

22/01/1999

Agência Senado


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