Nova política industrial sai em 60 dias para garantir competitividade do produto nacional



O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, informou nesta segunda-feira (14) que o governo deve anunciar em 60 dias a segunda edição do Programa de Desenvolvimento Produtivo (PDP), com as principais linhas para a nova política industrial do País. O objetivo é estimular iniciativas que assegurem a competitividade do produto nacional com o estrangeiro. 

O anúncio foi feito em São Paulo, durante a primeira reunião do ano do Fórum Nacional da Indústria. O evento, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com presidentes de associações nacionais setoriais e das federações de indústrias do País, contou também com a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. 

Coutinho disse que a expectativa agora é que o trabalho se dê em ritmo acelerado para o lançamento do plano. “Temos 60 dias para formulação da PDP 2, com medidas gerais e focadas, porque em várias cadeias produtivas a competitividade da indústria está sob ameaça”, afirmou. 

O ministro Fernando Pimentel também participou da discussão de um conjunto de medidas para recuperar as exportações de manufaturados. O objetivo é frear o aumento da concorrência dos importados no mercado doméstico e, ao mesmo tempo, melhorar a competitividade do País no exterior.

Pimentel informou que medidas em linha com a defesa comercial serão adotadas já na próxima reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que deve ocorrer ainda neste mês. A ideia é fortalecer o produto nacional diante da concorrência predatória de similares estrangeiros. 

Ele classificou como “excelente” o resultado do diálogo que vem sendo mantido por 14 representantes do setor privado e 15 da área governamental. “Muitas sugestões dos empresários deverão ser agregadas ao esforço que o governo vem fazendo em defesa das nossas cadeias produtivas”, disse. 

As sugestões estão sendo pensando para um cenário de queda do dólar, que faz com que os artigos brasileiros percam competitividade no exterior – e levam os compradores a buscarem mercadorias em outros países, além de aumentar a entrada de importados no País. O perigo é a desindustrialização ou a fuga dos empresários brasileiros para nações vizinhas, com impacto negativo no mercado de trabalho nacional. 

 

Fonte:
Agência Brasil



14/02/2011 21:24


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