Nove em cada 10 estrangeiros que visitam o Brasil desejam voltar, revela pesquisa



Nove entre dez turistas estrangeiros pretendem voltar ao País é o que revela o levantamento Demanda Internacional no Brasil - realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e encomendado pelo Ministério do Turismo (MTur), em parceria com o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). A pesquisa também mostrou que a viagem para o Brasil superou a expectativa para três de cada dez visitantes ouvidos.

Os questionários da pesquisa foram aplicados nos períodos de alta, baixa e média estações, para apurar os impactos da sazonalidade no setor. Foram ouvidos 39 mil turistas em 16 aeroportos internacionais, que respondem por 99% do fluxo internacional aéreo, e 11 portais terrestres.

Além de quantificar o movimento de turistas no País, detalhar o perfil socioeconômico do visitante e apresentar as motivações de viagem, o estudo confirma quais são os meios de transporte e hospedagem utilizados e o grau de fidelização ao destino Brasil. Também revela a avaliação dos atrativos e infraestrutura turística nacionais, serviços adquiridos pela internet e por meio de agência de viagem, entre outras informações que permitem ampliar o conhecimento sobre a dinâmica e a evolução do turismo internacional no solo brasileiro.

O resultado subsidia a formulação de políticas públicas, a definição de estratégias de promoção turística do País no exterior e norteia decisões empresariais do setor. A base de dados do Estudo da Demanda Internacional no Brasil foi coletada de janeiro a outubro de 2010, com margem de erro média de 5%. A série histórica foi iniciada em 2004.

Países visitantes

Segundo os resultados do estudo, a América do Sul (48,4%) e a Europa (29,8%) são, juntas, responsáveis por 78,2% dos visitantes que desembarcam no País. A Argentina está no topo dos países emissores, com 1.593.775 turistas, seguida dos Estados Unidos, com 594.947.

“Queremos atrair novos mercados como a Rússia e China. A inovação na promoção dos destinos e atrativos é fundamental para atingirmos nossos objetivos”, afirmou o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

A internet foi apontada como a principal fonte de informações sobre o turismo para 32,6% dos viajantes. As páginas eletrônicas são a única fonte que registrou crescimento continuado na série histórica desde 2005. Já o boca a boca aparece na segunda colocação como fonte principal para 28,5% dos entrevistados.

Lazer

Apesar de revelado o crescimento do turismo de negócios - com aumento de 9,8% nas viagens para negócios, eventos e convenções -, as viagens de lazer permanecem estagnadas, mas ainda representam a principal motivação do visitante internacional, com 46,1%. Dos 5,4 milhões de turistas estrangeiros que desembarcaram no Brasil no último ano, 1,4 milhão vieram em viagens comerciais.

São Paulo é a cidade que mais recebeu estrangeiros, com 26,5% do total; seguida do Rio de Janeiro, com 24,9%; e de Foz do Iguaçu, com 11,4%. Quando o motivo da viagem é lazer, no entanto, os cariocas ultrapassam os paulistas: a cidade do Rio de Janeiro responde por 26,7% de todos os 2,5 milhões de visitantes estrangeiros que desembarcaram no Brasil à procura de lazer.

Gasto médio

O estudo apontou, ainda, que, quanto maior é a distância entre o país de origem e o Brasil, mais o turista gasta em território nacional. Um europeu deixa, em média, US$ 1.753 quando visita o Brasil; já um americano tem um gasto médio de US$ 1.587. Para cara dólar deixado pelo europeu, o sul-americano deixa US$ 0,38, com gasto médio de US$ 659.

Dentre os vizinhos, os chilenos são os que mais gastam, com a média de US$ 800, e os paraguaios são os que gastam menos, com média de US$ 473. Quando o recorte é feito na Europa, a Suíça responde pelo maior gasto por pessoa, com US$ 2.015; seguida da Itália, com US$ 2.008.

Permanência no País

O tempo de permanência também é proporcional à distância percorrida até chegar ao Brasil. Quanto mais longa a viagem, mais tempo os visitantes tendem a permanecer no País.

Os turistas europeus e norte-americanos ficam, no mínimo, duas vezes mais que os sul-americanos. Os portugueses são os que passam mais tempo no País, em média 31 dias, e os paraguaios são os que ficam menos tempo, sete dias.

Serviços brasileiros

Segundo o levantamento, os serviços brasileiros são, em geral, bem avaliados pelos turistas estrangeiros. O povo continua a figurar no topo de atrativos. Os itens melhor avaliados são a hospitalidade, que recebeu avaliação positiva de 97,6% dos entrevistados, e a gastronomia, com 95%. A segurança pública, com 82,9% de avaliação positiva, registrou crescimento continuado desde 2006, com 76,8%.

Os preços são o item que recebe a pior avaliação do visitante internacional: para metade dos turistas, os valores praticados no Brasil são caros. As rodovias representam outro ponto de atenção, com 68% dos visitantes considerando as estradas brasileiras positivas.

 

 

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Fonte:
Ministério do Turismo



03/09/2013 14:37


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