Obras no aeroporto Santos Dumont (RJ) otimizam serviços



Acaba de entrar em funcionamento nova operação no aeroporto Santos Dumont (RJ) para resolver uma das principais reclamações dos 40 mil usuários que passam pelo local diariamente: a espera de pelo menos 40 minutos por um táxi na saída do terminal de passageiros. A meta com as mudanças é que a espera não demore mais que 15 minutos, segundo a Infraero.

O novo modelo de operação contém cinco medidas, definidas no último mês, quando o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, esteve no Santos Dumont exatamente para vistoriar (relembre aqui a visita) o sistema de táxi -- uma das principais queixas nos relatórios de ouvidoria tanto da SAC quanto da própria Infraero. Na ocasião, o ministro reuniu o comando da Infraero no Rio de Janeiro, as cooperativas de táxi que operam o serviço e o secretário municipal de Transportes, Carlos Osório.

A Infraero realizou três pequenas obras viárias. A primeira e mais importante foi a abertura de um acesso na Avenida Almirante Sílvio de Noronha para permitir que os táxis, ao deixarem passageiros no terminal de embarque do aeroporto, possam retornar à fila do desembarque rapidamente. Antes, eles precisavam ir até o Centro da Cidade e voltar, o que consumia em média 30 minutos. Agora, esse percurso não passa de dois minutos. "Já nas primeiras horas de funcionamento vimos que a oferta de táxi aumentou muito no desembarque, o que vai reduzir a espera do passageiros", comentou o superintendente da Infraero no Rio, Wilson Brandt.

Além disso, a Infraero fez um corte no meio fio que separa as pistas que correm paralelas ao terminal de desembarque. Assim, os táxis ganham a alternativa de escapar no caso de demora ou engarrafamento. E, por fim, foi criada uma ilha de embarque, que permitirá até seis táxis receberem os passageiros simultaneamente - até então, os clientes entravam de um por um.

Outra mudança substancial foi a criação da linha de ônibus integrada ao metrô. O carro sai do Santos Dumont direto para a estação da Cinelândia, ao custo de R$ 2,75, com bilhete integrado. O sistema de som do aeroporto passou o dia de ontem informando sobre a novidade aos passageiros a cada 15 minutos. 

“Aumentamos as alternativas do táxi normal de saída e a prefeitura colocou ônibus ligando o Santos Dumont ao Centro. É uma grande contribuição que nós, a prefeitura, a Infraero e a Anac conjuntamente fazemos para melhorar a qualidade do serviço prestado ao passageiro, que é o objetivo que nós temos”, explicou o ministro Moreira Franco, que voltou ao aeroporto ontem, para acompanhar a estréia das medidas, junto com os dirigentes das cooperativas, o comando local da Infraero e o secretário Carlos Osório.

Ainda a partir desta quinta-feira os táxis executivos serão ofertados aos passageiros de maneira mais organizada e simples.  Antes havia 15 quiosques que ofereciam o serviço de forma desordenada e com bastante barulho, o que incomodava os usuários. Agora são três stands – dois localizados ainda no desembarque e um do lado de fora, no saguão – com um funcionário à disposição e que seleciona os traslados em esquema de rodízio entre as cooperativas, buscando equilíbrio de faturamento entre os concorrentes.

“Cortamos a ilha que fica em frente ao terminal de desembarque e fizemos uma via alternativa para os táxis especiais, que conseguem, agora, ganhar velocidade e seguir diretamente para as zonas Sul e Norte do Rio de Janeiro. Com as saídas rápidas criadas para os táxis, eles não permanecem mais em fila indiana. Com isso, melhoramos totalmente o fluxo facilitando o retorno do táxi e a permanência dele no aeroporto. O tempo de espera na fila, que às vezes demorava 44 minutos, agora está abaixo de 15”, explicou Aparecido Iberê de Oliveira , superintendente da Infraero no Aeroporto Santos Dumont.

As mudanças no sistema de oferta de táxi e no tráfego nas imediações do Santos Dumont foram sugeridas após inspeção da SAC, Infraero, prefeitura e Anac, realizada no dia 28 de novembro, conforme explica o presidente da cooperativa carioca Transcoopas, Dijalma Sales Barbosa.

“Contamos com o ministro da Aviação Civil que é uma pessoa de visão no sentido da necessidade da sociedade civil. Foi histórica essa posição dele de vir aqui in loco, chamar a todos os envolvidos, discutir e ter a coragem de propor as mudanças”, afirmou o taxista (confira abaixo entrevistas com os representantes da cooperativa e do Santos Dumont).

Entrevista com Djalma Sales Barbosa, presidente da cooperativa Transcoopas

Quais eram as principais reclamações dos taxistas antes das mudanças?

Eram focadas na urgência e carência de possibilidade de fluidez. Santos Dumont é aérea tombada e em razão disso é um aeroporto que envolve uma demanda muito grande de passageiros. Era difícil para trabalhar.

Como foi o processo de identificação dos problemas e procura pelas soluções?

Contamos com o ministro da Aviação Civil que é uma pessoa de visão no sentido da necessidade da sociedade civil. Foi histórica essa posição dele de vir aqui in loco, chamar a todos os envolvidos, discutir e ter a coragem de propor as mudanças. Ele teve a coragem de fazer uma obra que 30 anos atrás era inimaginável. O ministro tem uma visão dinâmica, está sempre preocupado com o dia a dia das pessoas. Estou há 20 anos no mercado e essas mudanças pareciam utópicas, mas a realidade hoje é que há hombridade entre a SAC e a sociedade civil, representadas por nós, taxistas. Estamos somando forças.

Como está o funcionamento hoje, após a implantação das melhorias?

Ainda são ações embrionárias, pois é o primeiro dia. Mas já percebemos uma condição de mobilidade bem melhor e que já reflete direto nos passageiros. O acesso aos táxis foi otimizado e isso trará um ganho que se perpetuará.

Três perguntas para Aparecido Iberê de Oliveira, superintendente do Aeroporto Santos Dumont

O que motivou as obras nas vias de acesso ao Aeroporto Santos Dumont?

A nossa fila de táxi sempre foi extensa. Quando o táxi deixava o meio fio do aeroporto Santos Dumont e precisava voltar ao local, tinha que dar a volta praticamente no centro da cidade. Nesse espaço de tempo, o taxista acabava pegando outras corridas mais curtas e demorava  para retornar ao aeroporto. O tempo de percurso, então, estava muito longo e os passageiros demoravam muito para deixar o aeroporto rumo à cidade.

Que obras foram feitas para mudar essa realidade?

Cortamos a ilha que fica em frente ao terminal de desembarque e fizemos uma via alternativa para os táxis especiais, que conseguem, agora, ganhar velocidade e seguir diretamente para as zonas Sul e Norte do Rio de Janeiro. Na ponta do terminal também criamos uma saída rápida para os táxis comuns. Com as saídas rápidas criadas para os táxis, eles não permanecem mais em fila indiana. Com isso, melhoramos totalmente o fluxo facilitando o retorno do táxi e a permanência dele no aeroporto. O tempo de espera na fila, que às vezes demorava 44 minutos, agora está abaixo de 15.

Novas mudanças serão feitas no aeroporto?

Nosso objetivo é que o tempo de espera do passageiro caia ainda mais, então agora vamos começar as medições para sinalizar as pistas de acesso ao aeroporto para evitar dúvidas e  novos engarrafamentos. O ideal é que o passageiro desembarque e vá embora com rapidez e estamos em uma busca contínua para garantir essa condição ao passageiro.

Fonte:

Secretaria de Aviação Civil



21/12/2013 13:06


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