Oficial diz a comissão que Brasil pretende reduzir o combustível gasto para gerar energia na Antártica



O Brasil tem realizado investimentos vultosos para que sua presença na Antártica seja a mais imperceptível possível, ambientalmente falando. Uma das metas perseguidas é a redução, pela metade, da quantidade de combustível queimado para produzir energia. A informação foi transmitida aos membros da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) pelo capitão-de-mar-e-guerra José Robson de Oliveira Medeiros, representante da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar e do Proantar (Programa Antártico Brasileiro).

Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (13), José Robson Medeiros explicou que, a exemplo de outros países com bases instaladas na Antártica, o Brasil queima combustível para gerar a energia necessária para o funcionamento da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). A intenção é diversificar essa fonte, através de investimentos em energia eólica e fotovoltaica, explicou o oficial da Marinha. Também está sendo estudada a aquisição de geradores mais eficientes, que consomem menos óleo e são mais silenciosos.

Autor do requerimento propondo a reunião, o senador Jefferson Praia (PDT-AM) indagou se os resultados das pesquisas realizadas na Antártica já sinalizam que a situação do mundo é preocupante no que diz respeito aos impactos ambientais causados pelo homem. José Robson Medeiros observou que, apesar de ser consenso que o planeta está sentindo os efeitos da mudança climática, ainda há controvérsias se é a ação humana que está provocando essas alterações.

O senador Renato Casagrande (PSB-ES) perguntou se seria interessante para o Brasil construir outra base de operações na Antártica. Ele observou que alguns países já possuem mais de uma instalação no continente. José Robson Medeiros respondeu que, no momento, melhor para o país seria investir em qualidade e não na quantidade. Um exemplo seria substituir os módulos de aço que abrigam a estação por madeira com isolante térmico e uma camada de metal galvanizado. Ele respondeu à deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que a estrutura atual, por ser de aço, enferruja e necessita de constante manutenção.



13/10/2009

Agência Senado


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