ONU: América Latina adotou políticas corretas contra crise econômica internacional



De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as medidas de estímulo econômico adotadas pelos governos da América Latina e Caribe em resposta à crise mundial foram um dos principais fatores para sua recuperação. A informação está no relatório Situação Econômica Mundial e Perspectivas para 2011, divulgado nesta terça-feira (18).

As economias da América Latina e Caribe tiveram uma “extraordinária recuperação econômica” em 2010, “maior que a esperada”, diz o documento. O Produto Interno Bruto (PIB) da região cresceu 5,6% no ano passado, recuperando-se da retração de 2,1% de 2009. Para 2011 e 2012, a ONU estima que esse crescimento diminua para 4,1% e 4,3%, respectivamente, mas ainda assim, considera-os positivos na comparação com os níveis históricos da região.

Segundo o relatório, as medidas de estímulo ajudaram a restabelecer a confiança e fortalecer a demanda interna nesses países durante o ano de 2010. A redução das taxas de juros, o aumento dos salários acima da inflação e os subsídios governamentais foram responsáveis por sustentar o aumento do consumo. A retomada da atividade produtiva levou à queda da taxa de desemprego de 8,2% em 2009 para 7,8% em 2010, apesar de ainda estar acima dos níveis registrados antes da crise mundial. 

Especificamente sobre a América do Sul, a ONU avalia que a recuperação também teve forte influência do crescimento das exportações, após o pico da crise aliado à volta dos preços das commodities a seu patamar mais elevado. O crescimento médio dos países sul-americanos chegou a 6,3% em 2010, superior ao da média latino-americana. Para 2011 e 2012, no entanto, o cenário é de desaceleração do comércio mundial e eliminação dos estímulos fiscais, gerando expectativa de crescimento econômico de 4,5% na América do Sul. 

A expectativa positiva para este ano, segundo a ONU, é sobre a inflação. Apesar do aumento no ano passado, o relatório diz que ela ainda está abaixo dos níveis de 2008 e que é esperado diminuição das pressões inflacionárias a curto prazo na maioria dos países neste ano. Ressalta, no entanto, que existem situações delicadas na Argentina e Venezuela, que devem ter inflação acima de 10%. 


Fonte:
Agência Brasil



18/01/2011 20:06


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