Operações no Sul e Centro-Oeste mobilizam Forças Armadas em ações de apoio e trabalhos militares
Duas operações militares de propósitos distintos têm dado destaque à presença das Forças Armadas nas regiões Sul e Centro-Oeste do País, nos últimos dias.
A primeira, denominada “Operação Boiadeiro”, tem a missão de ajudar a controlar o trânsito de gado e de produtos de origem bovina provenientes do Paraguai. A ação atende pedido feito pelo Ministério da Agricultura, depois que um surto de febre aftosa foi descoberto no Paraguai, no final de setembro.
A segunda, chamada “Operação Anhanduí”, constitui um exercício militar conjunto da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, sob a coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). O objetivo é aprimorar o adestramento das três Forças para atuar, de forma coordenada e eficaz, em situações de defesa do território nacional.
A fiscalização para evitar que animais contaminados com febre aftosa cheguem ao Brasil ocorre ao longo de toda a fronteira com o Paraguai, nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
Postos de fiscalização, de descontaminação e patrulhas foram instalados nas principais estradas que ligam os dois países, com o objetivo de evitar a introdução do vírus no Brasil.
A preocupação maior é com o gado que transita pela fronteira seca, sobretudo no Mato Grosso do Sul, área considerada de alta vigilância.
A atuação dos militares inclui ainda apoio de logística, inteligência, comando e controle do Ministério da Defesa.
Ao todo, segundo o Centro de Operações Conjuntas (COC), 372 militares do Exército foram mobilizados para atuar na Operação Boiadeiro. O apoio deve continuar até o fim de novembro.
A “Operação Anhanduí”, por sua vez, conta com efetivos da Marinha e da Aeronáutica, além do Exército, e está concentrada num único estado: o Mato Grosso do Sul, na região que abrange a capital Campo Grande e os municípios de Laguna Carapã, Aquidauana e Dourados.
Cerca de 2.500 militares participam do exercício conjunto, cujo objetivo é demonstrar a capacidade operacional das Forças Armadas em ações de defesa externa e apoio a calamidades.
Mais que uma simulação militar, a operação busca reforçar a “interoperabilidade” das Forças, de modo a fazer com que tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica consigam comunicar e partilhar informação, além de operar em conjunto os diversos sistemas empregados.
O treinamento prevê o uso de equipamentos, carros de combate, embarcações e aeronaves em simulações de eventos críticos, inclusive calamidades públicas, como enchentes.
Fonte:
Ministério da Defesa
13/10/2011 18:30
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