Operários encerram greve na Usina Hidrelétrica de Jirau



Os operários da Usina Hidrelétrica Jirau, que estavam em greve desde 15 de março, voltaram ao trabalho nesta segunda-feira (11), após aprovarem em assembleia o acordo negociado entre os sindicatos e a construtora Camargo Correa. 

Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que negociou a volta ao trabalho junto com a Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Madeira (Conticom) e com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia (Sticcero), cerca de quatro mil trabalhadores participaram da assembleia. 

A greve começou depois de um protesto no canteiro de obras, com depredação de alojamentos, veículos e equipamentos. A manifestação foi contra as condições de trabalho no canteiro de obras, às margens do Rio Madeira. 

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, chegou nesta segunda-feira de helicóptero ao canteiro de Jirau para ver as condições de trabalho e os alojamentos. O ministro também visitou o canteiro da Usina Santo Antônio, também  no Madeira. Lupi ouviu as reivindicações dos operários e disse que está buscando soluções para o problema. 

“Estamos em busca de soluções para as questões colocadas pelos trabalhadores, afinal, eles estão trabalhando para o desenvolvimento do nosso país. É necessário dar a eles boas condições de moradia e transporte, ambiente de trabalho adequado e salários justos e iguais”, afirmou o ministro por meio de nota.

 

Propostas aprovadas 

Entre as propostas aprovadas estão 5% de antecipação salarial; aumento da cesta básica de R$ 110 para R$ 132; licença de cinco dias a cada três meses trabalhados, com direito a passagem de avião para que os operários possam visitar as famílias; e opção de mais de um plano de saúde com cobertura nacional. 

Também foi estabelecido que os trabalhadores que permaneceram alojados ou que fizeram serviços de manutenção no canteiro entre os dias 18 e 31 de março, quando a usina ficou parada, receberão um abono equivalente a 50 horas do salário. 

O secretário de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas, disse, no entanto, que a volta ao trabalho pode ser apenas temporária, caso a construtora não mostre flexibilidade. “Voltaremos ao confronto se não houver disposição em negociar melhorias nas condições de trabalho”, afirmou Freitas, que foi a Rondônia participar das negociações. 

Segundo ele, a CUT negocia com o governo federal e entidades patronais um pacto nacional da construção civil, para definir condições de contratação, alojamento, folga para retorno ao lar, jornada de trabalho e pagamento de horas extras.

 

Fonte:
Agência Brasil

 



11/04/2011 20:02


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