Orçamento 2002 promove embate político
"O cidadão deve administrar bem não só o seu dinheiro particular mas também o dinheiro público, pois ambos são dele". É com essa convicção que o deputado José Gomes (PT) participa das audiências públicas promovidas pelo Fórum Democrático da Assembléia Legislativa. Até 16 de outubro, dez encontros, em cidades de representação regional, discutem o Orçamento do Estado para 2002.
Para Gomes, as audiências se justificam pela troca direta de informações entre os participantes. "Essa relação, longe dos gabinetes e da edição da mídia, é que confere realismo às falas dos parlamentares e dos representantes de entidades locais. "Quem ganha é a platéia, que faz a sua interpretação das declarações que compõem os discursos de esquerda e de direita."
Dos R$ 12 bilhões estimados para o Orçamento Geral do próximo ano, R$ 5,7 bilhões são para o pagamento de pessoal e encargos sociais. R$ 2,3 bilhões serão transferidos para os municípios gaúchos, e R$ 869,5 milhões estão comprometidos para o pagamento da dívida com a União. Esse é quase o mesmo valor dos recursos destinados a novos investimentos, já discutidos nas 735 assembléias do Orçamento Participativo, e que é de R$ 1 bilhão. As audiências do Fórum Democrático servirão para que a população e os parlamentares proponham emendas ao projeto orçamentário que será votado no Legislativo.
"Sem se desfazer de nenhum bem público, o governo realiza obras e mantém o custeio da máquina administrativa", afirma Gomes. Ele lembra que, se o Banrisul tivesse sido privatizado, como queria o Governo anterior, não teríamos um serviço bancário de real inclusão social no Estado. Pelo Banrisul, as famílias em situação de indigência que participam do Programa Família Cidadã recebem renda mínima mensal de R$ 221,00. "Além disso, o banco oferece a Conta Cidadania, para as pessoas que não têm acesso aos serviços do sistema financeiro. Sem comprovante de renda ou depósito mínimo, elas conquistam os benefícios da informatização comercial em sua rotina."
10/05/2001
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