Ordem do Mérito Cultural deste ano homenageia a jornalista e escritora Pagu



O Ministério da Cultura abriu nessa terça-feira (21) o prazo para a inscrição das propostas de indicação à Ordem do Mérito Cultural para o ano de 2011. Criada em 1995, pelo Ministério da Cultura, a Ordem do Mérito Cultural é o reconhecimento do governo federal a personalidades, grupos artísticos, iniciativas e instituições que se destacaram por suas contribuições à Cultura brasileira. 

As indicações podem ser feitas por quaisquer pessoas, e os indicados – personalidades, grupos, iniciativas e instituições que tenham contribuído para a Cultura brasileira – serão avaliados por uma comissão formada por gestores das Secretarias do Ministério da Cultura.

As indicações podem ser enviadas para o site do Ministério da Cultura até o dia 22 de julho, mediante o preenchimento do formulário específico disponível no endereço eletrônico do MinC , ou pelos Correios, após download do documento ser preenchido e encaminhado para o seguinte endereço: Ordem do Mérito Cultural 2011, Ministério da Cultura, Assessoria de Comunicação Social. Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 4º andar, CEP 70068-900 Brasília – Distrito Federal.

As condecorações são entregues todo ano no Dia Nacional da Cultura, comemorado em 5 de novembro. Neste ano, no entanto, a cerimônia de condecoração será realizada no dia 9 de novembro, no Theatro Santa Izabel na cidade de Recife (PE). Desde sua criação, o prêmio já entregou mais de 430 condecorações a personalidades nacionais e estrangeiras.


Homenageada 

O tema desta edição é Pagu- Sonho-Luta-Paixão em homenagem a Patrícia Rehder Galvão(1910-1962), conhecida pelo pseudônimo de Pagu, escritora e jornalista brasileira que teve grande destaque no movimento modernista iniciado em 1922.

Musa da 3ª geração do Modernismo Brasileiro, Patrícia Galvão foi romancista, poetisa, militante política e incentivadora da cultura. Formada na Escola Normal da Capital, em São Paulo, Pagu participou do movimento antropofágico sob influência de Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade com quem se casou em 1930. Em 1931 ingressou no Partido Comunista e passou a editar, junto com Oswald de Andrade, o jornal O Homem do Povo, onde assinava a coluna “A Mulher do Povo”.

Como militante do Partido Comunista, a escritora foi presa três vezes. Em 1931, no Brasil, ao participar de um comício do partido realizado em Santos com os estivadores. Em 1935, em Paris, onde foi presa como comunista estrangeira e repatriada ao Brasil por portar uma identidade com o nome de Leonnie. E depois de retornar ao Brasil, quando passou a trabalhar para o jornal A Plateia e se separou de Oswald de Andrade, foi presa e torturada,  ficando na cadeia por cinco anos.

Ao sair da prisão, em 1940, rompeu com o Partido Comunista e casou-se com o jornalista Geraldo Ferraz. Em 1942 passou a atuar ativamente na imprensa, sobretudo como crítica de Artes. Em 1950, concorreu à Assembleia Legislativa de São Paulo pelo Partido Socialista Brasileiro; lançou o manifesto Verdade e Liberdade e passou a exercer importante papel no panorama cultural da cidade de Santos. De 1955 a 1962, trabalhou no jornal A Tribuna de Santos como crítica literária e de teatro e televisão.

Em dezembro de 1962, a escritora falece no Brasil por consequência de um câncer. Entre os livros publicados pela escritora estão: Parque Industrial (1933), A Famosa Revista (1945), Verdade e Liberdade (1950), Safra Macabra (1998), Croquis de Pagu (2004), e Paixão Pagu – Uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão (2005).


Fonte:
Ministério da Cultura



23/10/2013 15:40


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