Osmar Dias agradece votos recebidos e critica postura de Requião durante a campanha



O senador Osmar Dias (PDT-PR), que concorreu ao cargo de governador do Paraná, agradeceu em Plenário os votos recebidos dos eleitores de seu estado e criticou a postura do candidato adversário, Roberto Requião, governador reeleito, que, segundo ele, teria usado "artifícios sórdidos e baixos", na tentativa de atingir sua honra.

De acordo com Osmar Dias, Requião teria ainda utilizado a máquina pública "de forma escandalosa", utilizando-se de funcionários em cargos comissionados como cabos eleitorais e de veículos do estado para a distribuição de cestas básicas. Ele também teriausado verbas publicitárias do estado para publicar na revista IstoÉ matéria caluniosa a seu respeito, disse o senador.

O governador teria ainda, segundo Osmar Dias, exercido enorme pressão sobre os 399 prefeitos do estado e, com isso, conseguido o apoio de 334 deles, tendo restado ao senador o apoio de somente 21 prefeitos.

Osmar Dias disse ainda ter estranhado o resultado das eleições, relatando queaté a apuração de 98% dos votos os resultados davam-no como vencedor, sendo que, nos últimos instantes, houve uma virada e a vitória ficou com Requião, com uma diferença de apenas 10.400 votos. O senador disse que seus advogados irão recorrer à Justiça, não contra os resultados das eleições, mas contra o comportamento do candidato adversário, que teria se utilizado da máquina pública para angariar votos.

O senador também lançou suspeitas sobre manipulação dos resultados das pesquisas eleitorais pelos institutos de pesquisa. Ele lembrou que todas as pesquisas do Datafolha e do Ibope davam conta de que não haveria segundo turno no Paraná. Além disso, na véspera do primeiro turno, ambas apontavam a vitória de Requião com 45% dos votos, contra 31% para ele.

- Urnas abertas, fiz 38% dos votos e meu adversário 42%. A diferença, que era de 14%, caiu para 4%. O Datafolha e o Ibope não se explicaram até agora - disse.

Osmar Dias manifestou sua estranheza com o fato de representante do Ibope ter comparecido duas vezes à residência oficial do governador Requião, na semana das eleições, perguntando "o que será que foi discutir com o governador em plena campanha, uma semana antes do segundo turno?".

Projeto de lei

O senador anunciou a apresentação de projeto de lei estabelecendo que, se instituto de pesquisa registrar e publicar uma pesquisa na véspera da eleição e errar por uma margem superior à margem de erro, vai pagar os gastos de campanha do candidato prejudicado.

- Porque eu não posso entrar com uma ação contra o Ibope e nem contra o Datafolha, para que eles cubram agora os meus gastos de campanha, e eles, com certeza, poderiam cobrir, porque receberam muito para fazer o que fizeram. As pesquisas que fizeram foram bem pagas.

O parlamentar recebeu apoio dos senadores Heráclito Fortes (PFL-PI), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que o cumprimentaram por seu desempenho na campanha e elogiaram seu retorno ao Senado.

07/11/2006

Agência Senado


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