Otimismo de Juscelino marca documentário da TV Senado
Um novo e cuidadoso olhar sobre a vida do ex-presidente Juscelino Kubitschek poderá ser conhecido nesta semana por senadores, deputados e visitantes do Senado. Na quinta-feira (12) e na sexta-feira (13), será exibido em sessão solene do Congresso Nacional e no projeto Cultura ao Meio-Dia o documentário JK: Um Cometa no Céu do Brasil, produzido pela TV Senado e dirigido por Maria Maia.
Antigos amigos, historiadores, escritores e senadores como José Sarney (PMDB-AP) e Pedro Simon (PMDB-RS) contribuem, com seus depoimentos, para traçar o perfil de um homem simples e um político preocupado com a superação do subdesenvolvimento e a consolidação da democracia brasileira.
A versão curta, de dez minutos, será divulgada na quinta-feira, em sessão especial de celebração do centenário de JK, a pedido do senador Francelino Pereira (PFL-MG), relator da comissão mista especial criada para homenagear o ex-presidente. Outra mais longa, de 1h20, será exibida no Auditório Petrônio Portela às 12h de sexta-feira.
O documentário mostra um menino ávido por livros, ainda em Diamantina (MG), e um médico interessado em conhecer o mundo, após o curso de especialização em Urologia feito em Paris. No Egito, relata o filme, procurou conhecer melhor a história do faraó Amenofis, que - como havia descoberto nos livros de sua infância - construiu uma nova capital chamada Akenaton, 3 mil anos antes de Brasília.
O economista Celso Furtado, que ajudou o ex-presidente a elaborar seu Plano de Metas na década de 50, afirma em seu depoimento que Juscelino tinha "intuição para o futuro". A visão de desenvolvimento é ilustrada, no documentário, com cenas de obras promovidas por JK como prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Gerais e presidente de uma República que, nas palavras do ex-presidente, encontrava-se na data de sua posse entre as mais subdesenvolvidas do mundo.
O sorriso otimista de Juscelino, porém, logo cede lugar à tristeza do exílio. Em antiga imagem em preto-e-branco, exibida no documentário, o ex-presidente relata que sua maior emoção foi a de ver uma enorme multidão cantando o hino nacional quando ele se preparava para embarcar para deixar o país, após o golpe militar de 1964. Nos últimos dias, relata a amiga Vera Brant, Juscelino havia perdido o prazer de celebrar o próprio aniversário e se perguntava se, antes de morrer, ainda veria livre o seu país.
09/09/2002
Agência Senado
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