Pacto nacional buscará reduzir pela metade acidentes de trânsito no País



Representantes de órgãos e entidades de trânsito federais, estaduais e municipais, organizações não-governamentais vão trabalhar juntos para reverter o quadro que coloca o Brasil em 5º lugar entre os países recordistas em acidentes de trânsito (com 38 mil mortes por ano), precedido pela Índia, China, EUA e Rússia.   

Para isso, os ministérios da Saúde e das Cidades lançaram, nesta quarta-feira (11), o Pacto Nacional pela Redução dos Acidentes de Trânsito – Pacto pela Vida. O objetivo é mobilizar a sociedade e reunir ações para reduzir pela metade, até 2020, o número de vítimas de acidentes de trânsito no País. 

A medida atende ao apelo feito pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Resolução A/64/L44, proclamando o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito". 

A resolução foi elaborada com base em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que registrou no ano de 2009 cerca de 1,3 milhões de mortes no trânsito, em 178 países. No ano de 2009 cerca de 1,3 milhões de mortes no trânsito, em 178 países. 

Em setembro, o governo anunciará um pacote de medidas para tentar atingir a meta proposta pela OMS.

 

Maioria dos acidentados é homem 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, 145,9 mil pessoas, vítimas de acidentes de trânsito, foram internadas no ano passado e tiveram tratamento coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um custo de cerca de R$ 187 milhões. Dos acidentados, 78,3% eram homens e a maioria das pessoas internadas no período tinha entre 15 e 59 anos. A Região Sudeste concentrou quase metade dessas internações (44,9%). 

As estatísticas revelaram ainda que, para cada grupo de 100 mil brasileiros, 76,5 foram internados em 2010 em decorrência de acidentes de trânsito. As maiores taxas estão entre motociclistas: 36,4 vítimas para cada 100 mil habitantes. 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o País vive uma epidemia de acidentes envolvendo motociclistas. “O pacto de hoje é para conscientizar estados e municípios. Na saúde, vamos reforçar as ações de vigilância, de organização da rede de atenção de urgência e emergência. O mais importante é que a gente possa ter regras e maior fiscalização”, disse. 

Padilha defendeu ainda a aprovação de leis que estabeleçam metas de redução de acidentes de trânsito para estados e municípios e que determinem, inclusive, a redução de repasses financeiros para quem não alcançar os objetivos. “Pintar a faixa de pedestre é mais barato do que ter que atender pessoas no pronto-socorro”, afirmou. 

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, cobrou o endurecimento das penas para infratores no trânsito. Ele acredita que o País é capaz, na próxima década, de alcançar a meta proposta pela OMS e reduzir pela metade o número de mortes por ano, das atuais 38 mil para 19 mil mortes por ano. “Queremos fazer um PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] pela vida”, concluiu.

 

Fonte:
Ministério das Cidades
Agência Brasil



11/05/2011 18:36


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