Paim acredita na redução da taxa de juros



A decisão do Banco Central de reduzir o recolhimento compulsório não remunerado sobre os depósitos à vista, de 60% para 45%, divulgada nesta sexta-feira (8) pela manhã, abre espaço para uma nova redução da taxa básica de juros da economia. A avaliação foi feita pelo 1º vice-presidente do Senado, senador Paulo Paim (PT-RS), em seu pronunciamento no Plenário, lembrando que ele mesmo já reivindicou essa medida, que aumenta a oferta de crédito para as empresas e para as pessoas físicas.

Paim disse que o próprio BC sinalizou que a medida, que vale a partir desta segunda-feira (11), irá contribuir para uma nova redução da taxa de juros, já que terá impacto direto sobre o spread bancário, permitindo que os bancos reduzam o custo do crédito para o tomador. -Esse novo passo no processo de flexibilização da política monetária só poderia receber nosso aplauso-, elogiou.

Em aparte, o líder da minoria, senador Efraim Morais (PFL-PB), considerou que a notícia só será boa se houver efetivamente uma queda nos juros bancários como conseqüência da diminuição do compulsório. Afirmou que a expectativa do mercado é que na próxima reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) haja uma redução de três pontos percentuais na atual taxa básica (Selic) de 24,5% ao ano. -Se isso não ocorrer, a medida do compulsório será inócua-, criticou.

Paim lembrou que tem sido um -crítico de forma pontuada- do governo. Mas disse que é necessário reconhecer que o país não está em recessão como querem crer alguns analistas. A redução da alíquota do compulsório, elevada para 60% em fevereiro último, como forma de enxugar a liquidez no mercado, deve -contribuir para impulsionar as vendas do comércio, que por sua vez aumentará suas encomendas às indústrias, que terão de movimentar as suas máquinas, promovendo o início do tão esperado espetáculo do crescimento anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva-, disse.



08/08/2003

Agência Senado


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