Paim considerou importante a manifestação dos servidores



-Se os tambores não rufarem lá fora, não se ouve aqui dentro-, afirmou nesta quarta-feira (11) o senador Paulo Paim (PT-RS), ao comentar a manifestação de servidores públicos que, diante do Congresso, protestaram contra o projeto governamental de reforma da Previdência.

- As vaias mostram o descontentamento da base com a reforma. Eu acho que a base está correta, ela tem que se manifestar. Essa Casa funciona de acordo com a mobilização, com a pressão - afirmou o primeiro vice-presidente do Senado, pouco depois de o presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, ser recebido pelo presidente do Senado, José Sarney.

Tendo participado desse encontro, Paim considerou o saldo da manifestação em frente ao Legislativo -superpositivo-. Para ele, foi uma manifestação pacífica e tranqüila, que reuniu em Brasília mais de 30 mil trabalhadores da área pública e privada.

O primeiro vice-presidente do Senado explicou que os trabalhadores não são contrários à reforma da Previdência, mas contra os termos em que ela está colocada.

- Eles querem alterar o texto original e há espaço para isso - afirmou.

Paim manifestou-se ainda feliz por entender que foi o PT que trouxe essa mobilização para Brasília e estabeleceu, dentro do Legislativo, um processo de negociação.

- Nós acertamos com Luiz Marinho e o presidente Sarney que, enquanto a emenda estiver na Câmara, nós começaremos no Senado o debate do assunto, numa comissão suprapartidária, que funcionará como uma mesa de negociação. Então eu estou convicto de que itens como paridade, contribuição de inativo e regra de transição serão alterados aqui, de forma a atender, da maneira mais equilibrada, os interesses do servidor público.



11/06/2003

Agência Senado


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