Paim critica voto secreto no exame de vetos presidenciais
O senador Paulo Paim (PT-RS) manifestou, nesta terça-feira (10), posição contrária em relação à apreciação de vetos presidenciais de forma secreta pelo Congresso. Deputados e senadores devem participar de sessão conjunta, nesta quarta (11), para examinar cerca de mil vetos acumulados.
Paim lembrou que, nos últimos quatro anos, mais de 2 mil vetos foram apreciados e nenhum foi derrubado. Contrário a qualquer votação secreta no Congresso, Paim disse que é "esfarrapado" o discurso de que essa é uma forma de proteger o parlamentar.
- E por que [os vetos] não foram derrubados? Porque a votação é secreta. O camarada vota de acordo com o apelo popular no momento que o voto é aberto e, no secreto, ele acaba mantendo o veto. É só checar os números. Se de dois mil vetos, nenhum foi derrubado, é porque a sacanagem está no voto secreto - afirmou.
Paim aproveitou o discurso para informar que, desde 29 de abril, cerca de 2.500 empregados terceirizados da empresa telefônica Oi - contratados pela RM - estão em greve no Rio Grande do Sul. Ele relatou que, conforme o sindicato da categoria (Sintel), a paralisação foi o último recurso para exigir melhores condições de trabalho e salário. Em carta aberta à população, o sindicato diz que a situação se tornou "insustentável e dramática".
Paim também anunciou o início, ainda na tarde de terça, da 4ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Ele ressaltou que a solenidade de abertura contaria com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff, que receberia dos prefeitos uma série de reivindicações ao governo federal.
10/05/2011
Agência Senado
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