Paim pede atenção para o setor coureiro-calçadista
Segundo Paim, a crise advinda da questão cambial, da tributação excessiva e do crescimento da indústria chinesa tem levado muitas empresas do Vale do Rio dos Sinos a fecharem suas portas.
Paim disse que os calçados chineses ingressam no mercado interno sem as devidas restrições e liquidam os empregos gerados pela indústria calçadista nacional. O senador explicou que os representantes do setor não querem privilégios, mas apenas políticas que freiem a entrada dos calçados chineses, como o aumento da alíquota de importação.
Por outro lado, ele informou que o governo federal está preparando medidas fiscais para auxiliar setores atingidos pela queda do dólar, como o calçadista, e opinou que o caminho para garantir às empresas brasileiras mais condições de competir com produtos de outros países é diminuir os tributos e contribuições sobre a folha de pagamentos.
Paim também se disse contrário à utilização dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o pagamento de dívidas do agronegócio, proposta que vem sendo analisada pelo governo federal. Ele destacou que apóia o setor, cuja dívida é estimada em R$ 4 bilhões, mas ressaltou que os recursos do FATtêm destinação certa.
- Lembro que o dinheiro do FAT tem como objetivo garantir o seguro-desemprego, o abono salarial, o financiamento do desenvolvimento, e, o mais importante, ações para qualificação e requalificação profissional, fortalecimento das micro e pequenas empresas e a formação técnica dos trabalhadores - disse.
Paim também cobrou uma política permanente de recuperação dos benefícios dos aposentados, que lhes permita fazer frente aos elevados preços de medicamentos e às mensalidades dos planos de saúde.
Em aparte, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) solicitou ao Executivo que aja com mais rigor para "minimizar o sofrimento dos aposentados".
16/04/2007
Agência Senado
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