Paim recebe manifesto de ciclistas em defesa de mais segurança no trânsito



O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), recebeu, nesta quinta-feira (3), representantes da ONG Rodas da Paz, que vieram ao Senado solicitar apoio para a aprovação de projetos de interesse dos ciclistas e mobilizar o parlamento por uma punição mais severa aos autores de crimes de trânsito.

A ONG, criada em 2003, é um movimento que promove a busca por um trânsito mais seguro. A decisão de vir ao Senado foi tomada em razão do atropelamento de dezenas de ciclistas que transitavam no centro de Porto Alegre pelo servidor público Ricardo Neis, no dia 25 de fevereiro.

- Eles vieram pedir mais educação no trânsito, mais fiscalização e campanhas educativas, porque o trânsito, hoje, é a arma que mais mata - disse o senador petista.

O presidente da CDH mencionou diversos os casos de países como Alemanha, Itália, França, Dinamarca e Suécia, nos quais a bicicleta é "instrumento de defesa da vida", pelo exercício físico, e de defesa do meio ambiente, pela redução da poluição.

Autor do projeto que institui o Estatuto do Motorista (PLS 271/08), Paim afirmou aos jornalistas, após o encontro, que deverá formular também um capítulo com penalidades mais severas para os motoristas que cometerem infrações graves no trânsito.

Paim prometeu ainda conversar com o senador Eduardo Amorim (PSC-SE), relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do projeto de lei da Câmara (PLC 166/10) que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, para dar agilidade à proposta.

Durante o encontro na sala da CDH, o presidente da ONG Rodas da Paz, Ronaldo Alves, leu manifesto "enterrando", em nome dos ciclistas de todo o país, o Código de Trânsito Brasileiro e o Código Penal. Paim considerou o enterro simbólico um protesto legítimo e justo. O senador relatou que os manifestantes querem não somente a modificação do CTB como também o respeito à lei de modo geral.

A vice-presidente da CDH, senadora Ana Rita (PT-ES) assinalou a importância do movimento no sentido de chamar a atenção da sociedade para fatos como o ocorrido em Porto Alegre e para o grande número de acidentes com ciclistas. Ela destacou o alto custo dos acidentes e mortes para a sociedade e para o Estado e a necessidade de planejamento das cidades para garantir o direito das pessoas de ir e vir.

- Os direitos coletivos têm de ser respeitados. As pessoas estavam fazendo sua manifestação pacificamente e não havia motivos para atitude tão arrogante - disse, referindo-se ao atropelamento em Porto Alegre.



03/03/2011

Agência Senado


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