Assembléia recebe manifesto dos trabalhadores na segurança pública
Representantes de 13 entidades ligadas à segurança pública no Estado entregaram na tarde desta terça´feira, ao presidente da Assembléia, deputado Sérgio Zambiasi (PTB), manifesto contra a "falta de condições de trabalho e o arrocho salarial praticado pelo Governo Popular" nos servidores da segurança pública, da Justiça e das perícias. Os manifestantes prometem paralisar atividades caso não sejam atendidos pelo governo do Estado até o dia 21 de abril.
O documento é assinado pela Federação das Entidades de Classe da Área de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul. O presidente da FECASP/RS, Aldoir Prates dos Santos, ressaltou que um dos principais pontos de reivindicação da categoria, o estabelecimento de 222% de risco de vida sobre vencimentos básicos em todos os níveis, "foi promessa de campanha do então candidato Olívio Dutra, em 1998".
O presidente da FECASP/RS também cobrou do governo a implementação de uma "política séria para a área da segurança". Prates dos Santos lamentou que o governo, "além de não ter resposta, não recebeu as entidades". Saindo da Assembléia, os manifestantes fariam "uma nova tentativa" de serem atendidos pelo governador do Estado.
As entidades também denunciaram a falta de pessoal.
O presidente Sérgio Zambiasi disse que "o manifesto dos trabalhadores na segurança pública reflete sobre um fenômeno pelo qual a comunidade está gritando".
Zambiasi avaliou que, "sem soluções para problemas institucionais, não se pode resolver a demanda externa". O parlamentar disse que a manifestação das entidades mostra que "dentro das corporações há cidadãos clamando por justiça". Ele disse ainda que o movimento é "coeso, objetivo e responsável, mostrando, pela paridade das suas propostas, que nem toda a unanimidade é burra".
O presidente da Assembléia garantiu que o manifesto dos servidores será encaminhado a todas as bancadas. "Este é, no mínimo, o relato de pessoas que lidam epidermicamente com a violência", disse. Lembrou ainda que "num momento em que se fala tanto em inclusão social, é lamentável que o o servidor da segurança seja o primeiro excluído". Zambiasi acredita que o manifesto pode dar início "a um processo de sensibilização do Executivo.
03/13/2001
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