País cresce, mas desigualdade persiste, diz presidente do IBGE



Ao destacar que o Brasil é hoje a 10ª economia mundial, Eduardo Pereira Nunes, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informou que o país cai para a 62ª posição quando se trata de distribuição de renda. Em apresentação à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o economista destacou que o padrão de concentração de renda brasileira equivale aos países mais pobres e mais desiguais do mundo.

- Estamos ao lado do Japão, Espanha e Coréia quando se trata de indicadores econômicos, e nos assemelhamos a países como Malawi, Zimbábue e Zâmbia em termos de indicadores sociais, como grande concentração de renda - afirmou. 

O presidente do IBGE ressaltou que o índice de concentração de renda no Brasil vem caindo, mas de forma ainda lenta. Conforme observou, os 20% mais ricos detêm 60% da riqueza do país e os 20% mais pobres, apenas 3% da renda. 

Eduardo Nunes destacou a queda da taxa de fecundidade, chegando à média de 1,9 filhos por família, em 2006. Registrou ainda queda na taxa de mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida, atualmente em torno de 72 anos. Mas apontou números desfavoráveis em termos de analfabetismo, ressaltando a existência de concentração de analfabetos entre a população negra e parda, nas faixas de menor renda.



25/03/2008

Agência Senado


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