País cria 1,4 milhão de empregos em 6 meses



A economia brasileira gerou em junho deste ano 215.393 postos com carteira de trabalho assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Entre janeiro e junho foram gerados 1.414.660 empregos formais. É o terceiro melhor resultado para o período na série de saldos semestrais.

Os dados foram apresentados nesta terça-feira (19) pelo Ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi. O resultado do mês representa crescimento de 0,58% em relação ao estoque de trabalhadores com carteira assinada e é o segundo melhor na série histórica para o mês, atrás de junho de 2008 (309.442). Para ver os dados completos, acesse o site.

Segundo a avaliação do Ministério do Trabalho, o Brasil deve continuar a ter uma expansão forte no emprego e está tomando as medidas certas para manter a estabilidade econômica, mas deve continuar atento aos riscos da inflação e da crise mundial.

“Isso [a crise] em uma economia globalizada acaba mexendo com toda a estrutura econômica mundial e o Brasil tem que estar atento a esse processo e a cada mês observando isso e tomando medidas adequadas. Não tem que ter uma regra fixa, mas uma regra adaptada a cada momento da economia”, diz o ministro, que manteve a previsão de criação de 3 milhões de empregos formais em 2011.

Para ele, os dados na área do emprego são o melhor medidor de como anda a economia brasileira e o crescimento que o País teve neste setor no mês de junho foi melhor que o de 2010, o que prova que a empregabilidade continua crescendo.

Ouça reportagem sobre a divulgação do Caged.

 

Agricultura lidera expansão em todos os setores

O número de admissões e desligamentos em junho foram recordes para o período, com 1.781.817 trabalhadores admitidos e 1.566.424 desligados. O bom desempenho registrado em junho originou-se da expansão de todos os setores de atividade econômica, com a Extrativa Mineral registrando saldo recorde com a geração de 1.752 postos de trabalho.

Em termos absolutos, os principais resultados foram registrados na Agricultura, com geração de 75.227 postos e crescimento de 4,60%, a maior taxa de crescimento entre os setores. Os setores de Serviços e Construção Civil foram responsáveis pela criação de 53.543 e 30.531 novos empregos celetistas, respectivamente.

Entre as regiões, o melhor desempenho foi apresentado no Sudeste, com a abertura de 124.292 empregos formais, seguido do Nordeste, com 39.953, segundo maior saldo, Centro-Oeste, com 23.163, segundo melhor resultado e maior taxa de crescimento do mês, com 0,84%. A região Norte também registrou o segundo melhor saldo do mês, com a geração de 11.922 novos empregos. Entre as Unidades de Federação, cinco tiveram saldos recordes em junho: Rio de Janeiro, com 19.756 postos, Bahia, com 11.767, Mato Grosso, com 9.832, Acre, com 939, e Amapá, com 652.

 

Semestre

O resultado do semestre (1.414.660 empregos celetistas) é o terceiro melhor para o período na série de saldos semestrais, superado apenas pelos registrados em 2010, quando foram gerados 1.634.357 postos de trabalho e 2008, com 1.445.734. O crescimento no período de janeiro a junho, em relação ao estoque de dezembro de 2010, foi de 3,94%.

Entre as Unidades de Federação, três registraram saldo recorde para o período: Rio de Janeiro (99.175 postos), Amazonas (28.520 postos) e Mato Grosso do Sul (26.984 postos). O Rio Grande do Sul (90.278 postos), Goiás (75.604 postos), e a Bahia (60.472 postos) registraram o segundo melhor resultado para os seis primeiros meses do ano.

O emprego no conjunto das nove Áreas Metropolitanas (BA, CE, MG, PA, PE, PR, RJ, RS e SP) cresceu 3,05% no primeiro semestre, com a geração de 65.070 postos de trabalho, terceiro melhor resultado da série histórica do Caged. O Interior desses aglomerados registrou um desempenho melhor com a criação de 676.278 postos de trabalho e um crescimento de 5,24%.

O salário médio de admissão no período apresentaram um crescimento real de 3,04%, em relação ao mesmo semestre de 2010, passando de R$ 874,14 para R$ 900,70 em 2011. Segundo o recorte por gênero, o crescimento real do salário médio de admissão obtido pelos homens foi de 3,88%, ante um aumento de 1,93% para as mulheres.


Fonte:
Ministério do Trabalho e Emprego
Agência Brasil



19/07/2011 17:09


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