País cria 272,2 mil empregos formais em abril



Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (17) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Brasil gerou 272.225 empregos formais no mês de abril. O resultado está acima da média dos últimos quatro anos, que ficou em torno de 250 mil empregos com carteira assinada.

Foram admitidas 1.774.378 de pessoas e 1.502.153 foram demitidas. Os números de admitidos e demitidos são os maiores da série histórica, que teve início em 1992. O saldo do mês está acima da média para meses de abril, que é de pouco mais de 251 mil.

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o saldo de geração de empregos mostra que o mercado ainda está aquecido. “A economia está aquecida e a rotatividade está muito alta. Há muito emprego temporário e também há a questão da safra no Nordeste”, disse.

Em março, foram registrados pouco mais de 92 mil novos empregos, um dos resultados mais baixos para o período. Em abril do ano passado, o País gerou mais de 305 mil novos empregos, o segundo maior saldo da série histórica para meses de abril.


Setor de serviços lidera

O setor de serviços foi o que registrou o maior saldo (recorde) de novos empregos no mês de abril, com 114.434 postos de trabalho. Em seguida, aparece a indústria de transformação, com 51.313 postos e, em terceiro, o comércio com 36.153 empregos.

O setor extrativo mineral teve saldo de 2.043 postos de trabalho, o segundo melhor resultado para meses de abril. O setor da construção civil teve saldo de 29.881 empregos, o que mostra uma recuperação em relação ao mês de março, quando houve saldo de 3.315 postos. O setor da agricultura também teve bom saldo para o mês, com 28.133 postos de trabalho, por causa do início da safra do Sudeste.

"Os setores seguirão crescendo: temos muitas obras grandes começando em todo o Brasil, que demandam muita mão-de-obra, principalmente por conta da Copa do Mundo. Temos também o PAC 2 e o 'Minha Casa, Minha Vida' em execução. Há muitas intervenções municipais e estaduais saindo do papel. E, como sempre, Comércio e Serviços mantém a liderança na geração de empregos", avaliou o ministro.


Regiões

A região Sudeste registrou o maior número de empregos formais em abril, com a geração de 190.057 postos de trabalho. Em seguida aparece a região Sul, com 46.585 postos e, em terceiro, a Centro-Oeste, com 21.237 postos de trabalho.

Em valores relativos, o Sudeste continua no topo da lista, com crescimento de 0,96% na comparação com o mês de março, seguido do Centro-Oeste, com 0,78% e o Sul, com crescimento de 0,7% em comparação com o mês anterior.

Entre os estados, 23 apresentaram aumento no nível do emprego, com Rio de Janeiro e Amazonas registrando saldo recorde para o mês, com a geração de 25.756 e 4.346 novos empregos celetistas, respectivamente. São Paulo teve o maior crescimento (119.133), seguido de Minas Gerais (36.354). Também merecem destaque os saldos dos estados da Bahia (10.625) e Ceará (6.606).


Quadrimestre

Entre janeiro e abril deste foram gerados 880.711 postos de trabalho formal, incorporando as declarações fora do prazo. O resultado, equivalente a um crescimento de 2,45% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010, é o terceiro melhor do Caged no período de 2003 a 2011, sendo menor que o ocorrido em 2010, quando foram gerados 962.327 postos de trabalho, e 2008, com 848.962. Nos últimos 12 meses, o montante de empregos gerados atingiu 2.294.809 postos de trabalho, correspondendo ao aumento de 6,65% em relação ao estoque de trabalhadores.


Maio superior

De acordo com o ministro Carlos Lupi, o mês de maio deverá ser ainda melhor que abril na geração de empregos, com resultado mais próximo ao registrado em maio do ano passado, quando o resultado líquido foi positivo em 298 mil empregos, resultado recorde para meses de maio.

"O mercado de trabalho brasileiro vem crescendo há alguns anos em todos os setores e em todas as regiões. Isso acontece porque o Brasil precisa mesmo crescer, como vem ocorrendo, de forma sustentável e equilibrada.Em abril tivemos um resultado muito bom, e maio será melhor ainda", afirmou o ministro.

Lupi comentou ainda as medidas tomadas pelo Banco Central para conter a inflação e a oferta de crédito. Para ele, as medidas de desaquecimento econômico não tiveram impacto na geração de empregos. “Já passou o pior período, que é o início do ano, quando as famílias têm várias despesas”, disse ele. “Essa fase de mais pressão inflacionária já passou e, agora, o governo tem que monitorar setorialmente onde há inflação para tomar as medidas necessárias”.

 

Fonte:
Ministério do Trabalho e Emprego
Agência Brasil



17/05/2011 18:01


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