Geração de empregos formais é recorde no País
A economia brasileira gerou 280.799 novos empregos formais em fevereiro deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (15) pelo Ministério do Trabalho. O saldo representa um recorde para meses de fevereiro.
O resultado é 34,08% superior ao melhor desempenho registrado na série histórica do Caged, ocorrido em fevereiro de 2010, quando foram gerados 209.425 postos. Segundo o Ministério do Trabalho, o mercado de trabalho brasileiro está vigoroso e, em fevereiro, foi impulsionado pelo Carnaval. Além disso, não houve perda de dias úteis no mês, já que o feriado caiu em março.
O setor de serviços foi o grande destaque, puxado pelo Turismo e Hotelaria. Apenas no Rio de Janeiro, o índice de ocupação da rede hoteleira bateu recorde, com mais de 97% de ocupação. O setor, aliás, registrou saldo recorde para todos os meses da série histórica do Caged, com a geração de 134.342 empregos celetistas.
O setor Extrativo Mineral, com a geração de 1.713 postos, registrou desempenho inédito em fevereiro. A Indústria de Transformação, com 60.098 novos postos, e a Construção Civil, com 30.701, registraram seus segundos melhores resultados para o mês.
A expansão de empregos foi generalizada também entre os 25 subsetores de atividade econômica, com dez registrando recordes e quatro o segundo melhor desempenho para o mês.
Educação
Para o Ministério do Trabalho, a Educação deverá ser o destaque em março, com a efetiva volta às aulas. “Este mês o Ensino já foi recorde, e deverá continuar crescendo. A Construção Civil seguirá em alta e é possível que haja novo recorde para o mês", comentou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Todas as cinco regiões brasileiras tiveram saldo recorde em fevereiro, sendo a geração de empregos puxada pelo Sudeste, que abriu 165.523 postos. Em termos relativos, o maior crescimento foi registrado no Centro-Oeste, com elevação de 1,21% no estoque de trabalhadores com carteira assinada. Entre as 27 Unidades da Federação, quinze mostraram saldos recordes e quatro apontaram o segundo melhor resultado para o período.
O número de trabalhadores com carteira assinada também bateu recorde no primeiro bimestre de 2011, com a geração de 448.742 postos de trabalho formal, equivalente ao crescimento de 1,25% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010. O total já incorpora as informações declaradas fora do prazo relativas ao mês de janeiro de 2011. Nos últimos 12 meses, o montante de empregos gerados atingiu 2.523.029 postos de trabalho, correspondendo ao aumento de 7,45%.
Seguro-desemprego
Durante a divulgação dos números do emprego, o ministro Carlos Lupi falou sobre a possibilidade de implementação de um novo modelo de qualificação profissional para trabalhadores beneficiários do Seguro-Desemprego. A ideia é evitar que se burle o programa a partir de acordos em que o patrão demite o trabalhador, que continua a trabalhar sem carteira assinada e passa a receber o seguro.
"As empresas estão contratando mais do que demitindo, mas não deixaram de demitir, e estão demitindo mais do que nunca. Quanto mais aquecido estiver o mercado, maior será a rotatividade de mão-de-obra, e mais benefícios de Seguro-Desemprego teremos que pagar. Por isso defendo que o trabalhador beneficiário do seguro seja obrigado a participar de cursos de qualificação, que o Ministério da Educação está desenvolvendo", disse Lupi.
Paralelo ao projeto de qualificação, o Ministério do Trabalho e Emprego está implementando o Programa Mais Emprego, que une o Programa Seguro-Desemprego ao Sistema Nacional do Emprego, com a finalidade de oferecer oportunidades de novo emprego aos requerentes do Seguro-desemprego, para que, imediatamente recolocados no mercado, não precisem do benefício.
O número de admissões e desligamentos do último mês também foram os maiores registrados na série histórica para o período, totalizando 1.797.217 e 1.516.418, respectivamente.
Fonte:
Ministério do Trabalho e Emprego
15/03/2011 17:04
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