País reforça investimentos em mobilidade urbana



O transporte público eficiente é a solução para a maior parte dos problemas no trânsito das grandes cidades brasileiras. Nos últimos dez anos, a frota de veículos do País dobrou, chegando a 60 milhões de unidades. O impacto nas vias urbanas é visível nas grandes cidades e em municípios de médio porte, que já sofrem com o caos dos engarrafamentos.

O governo federal, por meio do Ministério das Cidades, trabalha com um meio termo entre incentivo à compra de carros – que aquece a indústria e cria empregos – e a redução do fluxo de veículos nas ruas. 

Desde 2003 já foram disponibilizados R$ 21,6 bilhões para infraestrutura de transporte urbano. Só o programa PAC da Mobilidade, aprovado em fevereiro de 2001, vai repassar R$ 18 bilhões para melhoria do transporte coletivo das grandes cidades brasileiras.

Já foram feitos investimentos em transporte sobre trilhos em capitais como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador e Belo Horizonte. Segundo o Ministério das Cidades, esse tipo de serviço já deverá entrar em funcionamento com boa estrutura dentro de cinco anos. A etapa seguinte será aplicar a integração intermodal, em que a estrutura do ônibus se comunica com o transporte sobre trilhos e com a bicicleta, em uma rede integrada de transportes que favoreça a população, diminua o trânsito e beneficie o meio ambiente.

Rio de Janeiro

Os governos federal e estadual do Rio de Janeiro assinaram nesta quarta-feira (11) o contrato de financiamento para a implantação da Linha 3 do metrô do Rio de Janeiro, que vai ligar as cidades de São Gonçalo e Niterói, na região metropolitana. 

Serão investidos R$ 2,6 bilhões em obras de monotrilhos, barcas e transportes coletivos comuns nas cidades do Rio de Janeiro, São Gonçalo, Duque de Caxias, Niterói, Itaboraí e Nova Iguaçu. A União deverá arcar com dois terços desse total, enquanto o governo fluminense será responsável pelo restante. O governo federal já investiu R$ 22 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) em obras de mobilidade urbana no Rio de Janeiro.

O sistema monotrilho atenderá  1 milhão e 700 mil pessoas nesses municípios. Inicialmente, a linha terá 14 estações distribuídas em 22 quilômetros. Em um segundo momento, o trajeto deverá ser estendido até o município de Itaboraí, onde está sendo construído o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Serão mais de 350 mil passageiros por dia e uma malha de 22km com 14 estações.

Durante a cerimônia, a presidenta da República, Dilma Roussef, destacou as parcerias com os governos estaduais e municipais para que as obras possam acontecer. “Obras como essas precisam de um trabalho conjunto. Um governo tem que ser medido pelas obras que beneficiam as pessoas e as de mobilidade urbana tem relação direta com a vida do cidadão”, disse a presidenta.

PAC Mobilidade Urbana

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana amplia os serviços de transporte público nas regiões metropolitanas do País. Ao todo, estão previstas 167 obras e melhorias em corredores de ônibus, serviços de Bus Rapid Transit (BRT), metrô subterrâneo e de superfície, balsas; além de ampliação e construção de novas vias e pontes em mais de 100 cidades em todo o Brasil. 

Ao todo, o programa repassará mais de R$ 89 bilhões em investimentos oriundos do Orçamento Geral da União, FGTS e financiamento público pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), além de parcerias com o setor privado. 

Entre os principais projetos contemplados na segunda etapa do programa estão investimentos para construção de 2.879 km de vias de transporte coletivo urbano, em corredores de ônibus na Grande São Paulo e ABC Paulista, serviços de BRT no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belém, e novas linhas de metrô em Recife e Fortaleza. 

O programa também viabiliza a expansão de créditos subsidiados para renovação de frotas de transporte. A administração destas verbas é feita pelo Conselho Nacional de Transporte Coletivo e por conselhos municipais e metropolitanos para transporte. Existem também audiências públicas para discutir planilhas de custos para redução de tarifas com publicação das planilhas na internet. 

Além das capitais e cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, também serão contempladas zonas metropolitanas de até 700 mil habitantes pelo PAC Mobilidade Cidades Médias e grandes zonas metropolitanas através do PAC Mobilidade Grandes Cidades, ambos ainda em fase de contratação e elaboração dos projetos. Até o momento, não houve inaugurações de obras nestes programas.

Fontes:

Ministério das Cidades

Com dados da Agência Brasil





20/09/2013 17:21


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