Palácio dos Bandeirantes recebe selo de Ambiente Livre do Tabaco
Já chega a 61 o número de estabelecimentos certificados no Estado
O Palácio dos Bandeirantes recebe o Selo de Ambiente Livre do Tabaco, na categoria Ouro. A certificação foi entregue nesta quinta-feira, 28, no Instituto do Câncer Otávio Frias de Oliveira, onde outras 36 instituições receberam o selo. No evento, o governador José Serra assinou projeto de Lei Sem Fumo.
Implantado há um ano por Serra, o Selo de Ambiente Livre do Tabaco é dividido em três categorias: ouro, para os ambientes realmente livres do tabaco; prata, para as instituições que ainda mantém fumódromos; e bronze, para quem está iniciando as ações previstas no programa.
Para conquistar o selo, na categoria ouro, a sede do Governo paulista vem seguindo, desde setembro do ano passado, todos os passos estipulados pelo Programa de Promoção de Ambientes Livres do Tabaco. Isso quer dizer que, há quase um ano, funcionários e visitantes não fumam nas dependências, sejam elas internas, externas ou até mesmo dentro dos veículos estacionados no Palácio.
Quando o programa começou a ser implantado, no ano passado, foram retirados todos os cinzeiros existentes nas dependências internas e nos jardins, desativados três fumódromos informais e instalada sinalização da proibição do cigarro. Os cerca de 85 veículos do Estado também ganharam adesivos de “Espaço Livre do Tabaco”. Hoje, quem chega à sede do governo paulista se depara com uma enorme placa informando que está em ambiente livre de tabaco.
A medida também ajudou a reduzir o número de fumantes no Palácio dos Bandeirantes. Há um ano, cerca de 190 dos 950 funcionários eram fumantes. Atualmente, esse número é de aproximadamente 140 pessoas. Mesmo assim, durante o horário de expediente essas pessoas precisam sair das dependências da sede do Governo para fumar. Já entre os visitantes, que estão em torno de 4.200 por mês, a estimativa é de que 20% façam uso do tabaco.
Ajuda terapêutica
Para auxiliar os funcionários a abandonarem o vício, o Palácio mantém, desde 2005, o Programa de Terapia Tabagística, que oferece suporte psicológico e medicamentos aos interessados em parar de fumar. Atualmente, cerca de 40 pessoas participam do programa, que já existe há muitos anos. “As recaídas, que antes eram de 15%, hoje estão entre 7% a 10%”, destaca Silvia Regina Aléssio, diretora do departamento de Recursos Humanos do Palácio. Para o diretor do Centro de Desenvolvimento Pessoal da Casa Civil (CDP), Carlos Humberto Gothchalk, a proibição foi um dos fatores que contribuíram para a redução dos índices de recaída.
Para participar do programa, os funcionários interessados se inscrevem e são chamados para uma entrevista individual. Recebem uma cópia da cartilha de orientação e passam por testes para verificar o nível de dependência física, psíquica e comportamental do tabaco. No passo seguinte, são encaminhados para seis sessões de terapia em grupo, onde narram suas conquistas e dificuldades para alcançar a meta de deixar de fumar. Nesse processo são acompanhados pela equipe formada por médico, psicólogo e assistente social.
Desde julho do ano passado, o programa oferece também medicamentos aos participantes do programa que têm maior dificuldade de deixar o vício. Mas os medicamentos só começam a ser ministrados após a terceira sessão de terapia.
A equipe que acompanha os grupos toma alguns cuidados para garantir o sucesso das ações, como ficar de prontidão para os momentos de abstinência, acompanhar o quadro clínico dos servidores e registrar o que acontece nas sessões para trabalhar na orientação dos participantes.
Outras frentes
Além do Palácio dos Bandeirantes, o programa Promoção de Ambientes Livres de Tabaco também atinge o Palácio dos Campos Elíseos, o Palácio de Inverno de Campos do Jordão e órgãos vinculados à Secretaria da Casa Civil, como o Fundo Social de Solidariedade, Arquivo do Estado e Corregedoria Geral do Estado (CGE).
A participação do Palácio no programa é tão efetiva que levou o Departamento de Recursos Humanos da Casa Civil a participar, como membro efetivo, do Comitê Estadual para Promoção de Ambientes Livres de Tabaco (Cepalt). Órgão responsável pela orientação e avaliação das entidades que solicitam o selo, o Cepalt é formado por representantes da Secretaria Estadual da Saúde em parceria com universidades e membros da sociedade civil.
Cíntia Cury
(I.P.)
08/28/2008
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