Papaléo afirma que recebeu legalmente doação da Gautama para sua campanha a governador
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) afirmou nesta segunda-feira (21), em Plenário, que recebeu, legalmente, R$ 100 mil da empresa Gautama, como doação para sua campanha ao governo do Amapá em 2006. O senador disse que a doação é legal e foi declarada em sua prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral daquele estado, que aprovou os números. Ele disse que não teria como saber que a empresa cometia irregularidades na relação com o Poder Público. O senador negou que tenha praticado o chamado "caixa 2" em suas campanhas eleitorais.
- Nunca fui procurado por ninguém dessa empresa, nem pessoalmente nem por telefone. Não conheço Zuleido Veras [dono da Gautama]. Nunca apresentei emendas para obras tocadas por essa empresa - garantiu.
O senador explicou que recebeu R$ 100 mil da empresa Gautama, em 3 de agosto de 2006, como doação para a campanha ao governo do Amapá. Ele completou dizendo que há um recibo da doação, que foi apresentado à Justiça Eleitoral.
- E minha conta foi aprovada. E pergunto, onde está a irregularidade disso? Receber uma doação é ficar fora da lei? Recebi para a minha campanha e declarei - disse.
Papaléo disse que valoriza operações da Polícia Federal, como a Operação Navalha - que trouxe à tona possível esquema de corrupção liderado pela Gautama -, pois ajudam o país a se tornar "uma grande nação", além de fortalecerem as instituições. Papaléo deixou à disposição da imprensa tanto a prestação de contas de sua campanha eleitoral, como todas as emendas ao orçamento da União apresentadas por ele durante seu mandato de senador.
O senador aproveitou para pedir à imprensa mais atenção na apuração das matérias, para que inocentes não apareçam como culpados perante a opinião pública.
- Como posso, como senador, saber se essa empresa opera irregularmente no ministério "a" ou com o governo estadual "b" ou com uma prefeitura lá do interior de São Paulo? Como vou saber disso? Terei de, a partir de agora, exigir um atestado de idoneidade dos meus eventuais doadores? - questionou.
Em apartes, os senadores Paulo Paim (PT-RS), Delcídio Amaral (PT-MS) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) concordaram que não houve irregularidades na doação feita para a campanha de Papaléo.
21/05/2007
Agência Senado
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