Papaléo alerta para falsificação de remédios e alimentos



O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) cobrou nesta terça-feira (17), em Plenário, providências do governo federal no combate à comercialização de remédios e alimentos falsificados. Segundo o senador pelo PSDB do Amapá, a falsificação desses produtos é uma das principais atividades criminosas do mundo moderno, o que vem provocando abalos em dois dos principais pilares da saúde pública: a prevenção e a terapia.

Além de um rigor no controle sanitário pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Papaléo disse que a população brasileira também precisa combater o hábito "deveras absurdo, porém arraigado" da automedicação.

- Ao ingerir alimentos ou remédios falsificados, o cidadão introduz em seu organismo substâncias por ele ignoradas, muitas vezes nocivas à saúde. No caso dos remédios, a situação é ainda pior: o paciente pode vir a ingerir uma substância inerte, que nenhum efeito surtirá sobre a doença para a qual o medicamento foi prescrito - disse.

Os medicamentos mais falsificados no Brasil são aqueles destinados a combater a disfunção erétil, seguidos dos remédios para o tratamento do câncer e de infecção pelo vírus HIV por seu alto custo, disse Papaléo, com base em dados da Anvisa.

- Somente em 2007, já foram feitas três apreensões, referentes aos medicamentos Viagra, Cialis e Levitra, drogas para o combate da impotência sexual - destacou.

Papaléo lembrou que a falsificação de remédios passou a ser considerada crime hediondo no Brasil. A alteração na legislação foi introduzida pelo Legislativo em 1998, como resposta à descoberta de uma máfia que falsificava 220 medicamentos vendidos no país. Na avaliação do senador, passados quase dez anos da alteração legal, é inegável que a falsificação diminuiu, mas a alteração de remédios e medicamentos "ainda está longe de acabar".

O senador pelo PSDB do Amapá ressaltou que estudo da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), órgão independente que trabalha para o Escritório contra Drogas e o Crime da Organização das Nações Unidas (ONU), apontou queentre 25% e 50% dos medicamentos que circulam nos países em desenvolvimento são falsos ou ilegais.

Em aparte, o senador Adelmir Santana (DEM-DF) manifestou apoio ao discurso de Papaléo Paes, defendendo o aprimoramento do Sistema Único de Saúde (SUS) como forma de possibilitar o atendimento a toda a população do país.



17/07/2007

Agência Senado


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