Papaléo Paes faz alerta contra o desperdício de água



Para evitar o colapso no fornecimento de água doce para a humanidade, é preciso acabar com o desperdício, a poluição, o desmatamento e o assoreamento de rios e mananciais, alertou o senador Papaléo Paes (PMDB-AP).

- A água é o bem social mais importante do século 21, pois dela depende a sobrevivência de pessoas, animais, plantas e o desenvolvimento de todas as atividades humanas, na agricultura, na indústria, no comércio e nos serviços - frisou.

O senador reconheceu que o Brasil é privilegiado na oferta de água, pois dispõe da maior quantidade de água doce do planeta, cerca de 12% do total mundial, com 12 mil rios e córregos e a maior concentração de água doce existente no mundo, que é a região Amazônica. Mas observou que, como país dos contrastes, o Brasil enfrenta fome e sede em muitas regiões, possivelmente em decorrência da utilização irracional dos estoques de água.

- A abundância de água e a exuberância do Rio Amazonas, dos nossos outros rios e cascatas, parece que contribuíram para que os brasileiros esquecessem que a água não é um recurso infinito e, muito menos, que não deve ser utilizada de forma irresponsável - argumentou o senador.

No mesmo tom de alerta, o parlamentar disse que 60% do lixo produzido no Brasil não recebe tratamento adequado, sendo muitas vezes jogado diretamente nos rios, com resíduos tóxicos, contaminando a água, dificultando seu tratamento, tornando-a imprópria para o consumo humano e criando dificuldades financeiras, muitas vezes intransponíveis, para um grande número de pequenos municípios e populações.

Na opinião de Papaléo Paes, o problema é muito grave, tanto em termos de custo econômico-financeiro como de oferta de serviços públicos, assim como de controle ambiental, requerendo uma conscientização por parte da população e dos políticos.

- Parece absurdo, num país com a maior abundância de água do planeta, hoje termos racionamento em diversas cidades importantes, como São Paulo e Recife, que não têm condições de ofertar a quantidade de água mínima exigível, para uma população que cresce de forma vertiginosa - lamentou.



26/03/2004

Agência Senado


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