Para Elifas, doação de vacina não diminui risco de disseminação da aftosa



O senador Paulo Elifas (PMDB-RO) disse acreditar que a doação de vacinas contra a febre aftosa à Bolívia não conseguirá impedir que a doença, que ataca o gado bovino, prolifere no território brasileiro, principalmente nos estados que fazem fronteira com o país andino (Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Acre).

- A doação de vacinas aos países vizinhos é uma medida paliativa que não tirará o risco da febre aftosa nos rebanhos dos estados das fronteiras - afirmou o senador.

O comentário foi feito na quarta-feira (24) durante a votação, no Plenário do Senado, da Medida Provisória 149/03, que autorizou o governo brasileiro a doar à Bolívia vacinas contra aftosa - a pecuária boliviana ainda não conseguiu erradicar a doença, diferente dos estados brasileiros fronteiriços, que já têm o certificado de zona livre de aftosa. A MP foi aprovada e deve ir à promulgação.

Para o senador, que votou contra a MP, somente uma intervenção dos ministérios da agricultura dos países vizinhos ao Brasil pode evitar a disseminação da aftosa. Elifas também apontou o controle das fronteiras, evitando o contrabando de gado, como uma medida mais eficaz que a doação de vacinas.

- Quem nos garantirá que a doação pura e simples de vacina aos países vizinhos fará com que esses agricultores, esses pecuaristas vacinem suas reses? - questionou.



25/03/2004

Agência Senado


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