Para Ideli, combate à pobreza é a principal questão a ser enfrentada
A pobreza continua sendo a questão ética e moral mais séria do mundo contemporâneo. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (1) pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC), líder da maioria, em pronunciamento em que trouxe para o Plenário reflexões ocorridas, na semana passada, no Rio de Janeiro, durante o Fórum Nacional de Desenvolvimento, organizado anualmente pelo economista e ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Veloso.
Ideli registrou sua participação no fórum, ao lado dos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Jefferson Péres (PDT-AM), além de diversos deputados. A senadora informou que o fórum, na sua 19ª edição, enfocou o tema "A grande revolução: integração de desenvolvimento e democracia".
- Se nós não tivermos como foco, como centro, a erradicação da pobreza, nós não teremos o direito de falar nem em democracia, nem em desenvolvimento, nem mesmo em ética - afirmou Ideli.
Avanços
Depois de comentar resultados da mais recente Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD), do IBGE, relativos a coletas feitas no ano passado, a senadora afirmou que as políticas públicas do atual governo enfrentam a questão da pobreza.
- São números fantásticos que trouxeram, inclusive, melhorias em todos os indicadores de renda, de emprego, de acesso à água, ao esgoto, às escolas. Um número significativo de crianças estão freqüentando a escola, houve um aumento do número de universitários - afirmou.
Como ressaltou Ideli, houve também avanços no que se refere ao emprego, inclusive com carteira assinada. Disse, ainda, que a PNAD revelou uma diminuição considerável da população que vive na linha da miséria. Segundo ela, a Fundação Getúlio Vargas e outros institutos estão igualmente fazendo análises e pesquisas sobre a diminuição da pobreza no país, tema que também teria sido objeto de reportagens recentes do jornal The Economist, da Inglaterra, com o registro do ingresso de novos contingentes, "de milhões de brasileiros", na classe média.
Blindagem
A senadora disse ainda que o Brasil não tem sido atingido pela crise do mercado imobiliário dos Estados Unidos. Ela ressaltou que as bolsas estão atingindo recordes diários - 61 mil pontos agora - e o investimento estrangeiro já cresceu 160%. Segundo a senadora, economistas avaliam que a reação positiva da economia nacional diante do quadro externo tem como uma das principais explicações o crescimento do mercado interno.
- Portanto, esse fortalecimento do mercado interno e do consumo de massa é uma prova inequívoca de que, quando você distribui renda, você fortalece o crescimento e acaba com aquela equação, que durante muito tempo tentaram nos convencer, de que precisava primeiro crescer para depois dividir o bolo - afirmou.
01/10/2007
Agência Senado
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