Para Menicucci, fim da impunidade é melhor resposta à violência contra a mulher
Ao chegar para a audiência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) que debate, nesta terça-feira (5), as ações do governo em defesa dos direitos humanos, com destaque para as políticas de promoção da mulher, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, comentou os novos casos de assassinatos de mulheres, caracterizados como crimes de natureza passional, em diferentes pontos do país.
Dois dos mais rumorosos crimes aconteceram no Distrito Federal. Num deles o ex-companheiro invadiu a loja do shopping center onde uma jovem trabalhava e se escondeu dentro de um provador de roupas até conseguir se aproximar para matá-la a facadas. Depois, foi detido por seguranças do shopping e entregue à Polícia.
Depois de lamentar as ocorrências, a ministra afirmou que a solução é continuar persistindo no combate à impunidade desde quando as violências começam a ser praticadas.
– Quanto mais a mulher se sentir acolhida e perceber que o Estado tem políticas para garantir sua proteção mais elas denunciarão seus agressores – disse Menicucci para a Agência Senado.
Quem também se manifestou ao chegar para a audiência foi a ministra de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes. Ela avaliou positivamente as políticas do governo Dilma Roussef direcionadas ao segmento feminino. Segundo Maria do Rosário, a eleição de Dilma abriu novo ciclo para o Brasil, evidenciando que as mulheres também podem exercem atividades do poder.
– O símbolo maior de elegermos uma presidente da República se faz repercutir em políticas publicas como a Lei Maria da Penha, que está sendo instituída com o avanço de um sistema nacional de enfrentamento da violência contra a mulher.
Maria do Rosário considerou, no entanto, que ainda é necessário ampliar a presença feminina em diversos círculos, como no Parlamento e no comando administrativo de estados e cidades.
As duas ministras se manifestaram a favor da aprovação de duas propostas de emenda constitucionais na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados, que ampliam a licença-maternidade de 120 para 180 dias. Atualmente, esse direito beneficia servidoras públicas e empregadas de estatais.
Em andamento, a audiência conta ainda com a participação da ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. O evento está sendo promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), agora presidida pela senadora Ana Rita (PT-ES). O vice é o senador João Capiberidade (PSB-AP).
Mais informações a seguir
05/03/2013
Agência Senado
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