Para senadores, apoio de médicos brasileiros ao povo angolano é motivo de orgulho para o Brasil



O trabalho realizado por médicos brasileiros em Angola, junto a profissionais da área de saúde daquele país e no atendimento a gestantes portadoras do vírus da Aids, foi elogiado pelos senadores, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Para os parlamentares, o esforço dos especialistas é motivo de orgulho para todos os brasileiros e os resultados positivos obtidos indicam o acerto da cooperação.

- Os relatos mostram a capacidade dos nossos médicos que trabalham fora das nossas fronteiras, contribuindo com países irmãos - disse Romeu Tuma (PTB-SP), após as apresentações de David Everson Uip, presidente da Fundação Zerbini e diretor do Instituto do Coração, do Hospital das Clínicas de São Paulo, e do neurologista Rogério Tuma, especialista do Hospital Sírio-Libanês.

Também Rosalba Ciarlini (DEM-RN) destacou o "trabalho brilhante" realizado pelos médicos brasileiros.

- Estamos dando um grande exemplo de solidariedade, levando a um país menos desenvolvido a apoio especializado que já conseguimos construir aqui - disse.

No mesmo sentido, o senador Flávio Arns (PT-PR) destacou a importância do trabalho realizado em Angola. O parlamentar lembrou esforços do governo federal para ampliar a cooperação entre o Brasil e os demais países de língua portuguesa. Arns questionou os especialistas sobre as medidas adotadas no Brasil para o controle da Aids.

Para David Uip, tem havido, atualmente, uma banalização da Aids entre os jovens brasileiros.

- A geração atual não viu a geração anterior morrer devido à doença. Não tem idéia das perdas provocadas pela doença - disse.

Na opinião do infectologista, os recursos previstos no Orçamento federal são insuficientes para as ações necessárias à prevenção e ao tratamento da Aids.

Uib destacou os impactos da lei 9313/96, elaborada a partir de projeto apresentado pelo senador José Sarney (PMDB-AP), que tornou obrigatório o fornecimento gratuito de medicamentos a portadores do vírus da Aids. Presente ao debate, Sarney lembrou os desafios enfrentados à época da aprovação da lei, quando ainda se sabia pouco sobre a Aids.

Para o senador Papaléo Paes (PSDB-AP), o debate evidencia a preocupação do Senado com o tema. A audiência pública foi conduzida pela presidente da CAS, senadora Patrícia Saboya (PDT-CE).



10/12/2008

Agência Senado


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