Parceria entre Brasil e União Europeia garantiu competitividade de pequenas e médias empresas no mercado global



A Parceria entre o Brasil e a União Europeia (UE) para internacionalização de pequenas e médias empresas brasileiras já beneficiou direta e indiretamente, em cinco anos, cerca de 2,5 mil empreendimentos de 21 setores, como tecnologia da informação, petróleo e gás, agronegócio e coureiro-calçadista.

O projeto de cooperação bilateral foi iniciado há cinco anos. A União Europeia investiu 22 milhões de euros, que resultou em 12 mil horas de consultoria, apoio à capacitação de forma direta e através de acesso facilitado a telecentros, realização de mais de 90 feiras e execução de 5 mil horas de capacitação de empreendedores por especialistas do Brasil e da UE.

Nesta terça-feira (14), representantes do governo brasileiro e da União Europeia se reuniram em Brasília para discutir os resultados da parceria. A embaixadora do bloco europeu no Brasil, Ana Paula Zacarias, afirmou que a execução do projeto "foi muito oportuna, pois o Brasil cresceu muito nos últimos 20 anos, com o equilíbrio de suas políticas sociais e econômicas. No mundo globalizado, ninguém consegue mais enfrentar seus desafios sozinho, por isso o caminho das empresas, de todos os portes, é a internacionalização". O resultado dessa nova mentalidade, segundo ela, é a solidez dos empreendimentos, com aumento da pauta de exportação e a geração de emprego e renda.

O presidente do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), João Jornada, disse que a parceria teve o papel de melhorar o desempenho das empresas "num ambiente de concorrência e de práticas desleais no comércio no mercado mundial. O projeto conjunto, que permitiu um entrelaçamento de trabalho entre empresários brasileiros e europeus, e reforçou o relacionamento do Brasil com aqueles países [da Europa], que têm laços históricos relevantes", destacou.

Para o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges Lemos, o projeto Brasil-UE teve o grande desafio de envolver atores que normalmente não são protagonistas em iniciativas dessa natureza. "Em geral, iniciativas desse tipo assumem característica institucional, mas o resultado foi que as empresas participaram e foram beneficiadas com a oportunidade de crescimento. Elas não tinham, na sua rotina, a iniciativa de enfrentamento e a lição obtida é que o sucesso é proporcional à persistência".


Fonte:
Agência Brasil



14/06/2011 20:10


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