Parceria entre Secretaria da Educação e TJ garante reconhecimento de paternidade a alunos



Coordenação do mutirão será realizado na Escola Nova Estrela Guia, na rua Porto Xavier nº 153, em Itaquera

Os alunos das escolas estaduais Thales Castanho e Aparecida Rahal, ambas em Itaquera, zona Leste de São Paulo, que não têm o nome do pai na certidão de nascimento, tiveram neste sábado, dia 9,  a oportunidade de regularizar gratuitamente a situação. A iniciativa faz parte do convênio entre o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), Secretaria de Estado da Educação, Associação Nacional de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) e Defensoria Pública. 

A coordenação do mutirão realizado na Escola Nova Estrela Guia, na rua Porto Xavier nº 153, em Itaquera,  está a cargo da juíza Ana Luiza Villa Nova. 

As escolas de Itaquera foram as primeiras a serem selecionadas, mas a idéia é ampliar a medida a outros bairros da Capital, litoral e interior do Estado. Dados da Secretaria da Educação revelam que em um universo de cinco milhões e cem mil alunos da rede estadual, quase 7 % não têm paternidade reconhecida. Nas escolas estaduais da Capital a porcentagem é a mesma: quase 7% de um total de 1,3 milhão de alunos não têm o nome do pai na certidão de nascimento.

Notificações

No último mês de outubro, 247 responsáveis pelos estudantes foram notificados para comparecer à escola, e passar pela entrevista com oficiais de cartórios de registros e indicar o suposto pai. Desse total, 134 pessoas compareceram, e 74 manifestaram interesse em acertar a situação.  A partir daí,  50 forneceram o endereço do suposto pai. Eles foram notificados durante o mês de novembro para se apresentar neste sábado (dia 9) - na presença de um juiz - para aceitar ou não o termo de reconhecimento. Caso concorde,  os estudantes sairão de lá com a paternidade regularizada.

Chance para os não convocados

Quem não conseguiu reunir todos os documentos (ou não foi notificado) mas têm interesse em fazer o reconhecimento, pode ir à Escola Nova Estrela Guia com o suposto pai e a documentação necessária para ser beneficiado. 

A Defensoria Pública estará presente para elaborar o expediente nos casos em que haverá o pedido do exame de DNA para o reconhecimento. O processo terá continuidade pela 2ª Vara de Registros Públicos. Em alguns casos – quando o companheiro da mãe da criança, mesmo não sendo o pai biológico, tem interesse de registrá-la – a orientação é para que procurem a Vara da Infância e Juventude,  já que trata-se de uma adoção unilateral,  e não de reconhecimento de paternidade,  objetivo do mutirão.

Trabalho de equipe

Quatro juízes irão atender ao público:  Ana Luiza Villa Nova, Renata Coelho Okida, Márcio Martins Bonilha Filho e Guilherme Madeira Dezem.  Também darão apoio ao mutirão três defensores públicos, funcionários do Tribunal de Justiça (TJ-SP) e do Registro Civil de Pessoas Naturais  de Itaquera.  Pela Secretaria de Estado da Educação, estarão presentes o dirigente de ensino da Leste 1, Paulo Roberto Pereira da Silva;  André Bueno,  representante da Coordenadoria de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo (COGSP);  e as diretor

12/10/2006


Artigos Relacionados


Secretaria da Justiça realiza mutirão de reconhecimento da paternidade

Justiça participa de mutirões de reconhecimento de paternidade

Secretaria faz parceria com MAM e leva alunos à exposição

Corregedoria do CNJ lança projeto para ampliar reconhecimento de paternidade

Gratuidade para anotação de nome paterno em registros após reconhecimento de paternidade

Cooperação garante parceria privilegiada entre as duas Repúblicas desde 1855