Parlamaz inicia discussão sobre plano estratégico para a região
Senadores e deputados dos países integrantes do Conselho Diretor do Parlamento Amazônico (Parlamaz) reunidos nesta segunda-feira (14), no Interlegis, discutiram problemas e peculiaridades da floresta em seus países e iniciaram a elaboração de um plano estratégico para a região, com a definição de linhas temáticas, da missão e dos objetivos do Parlamaz.
Sugestões como a realização de diagnóstico dos movimentos sociais que atuam na floresta; elaboração de boletins informativos sobre as entidades que se dedicam à Amazônia em todos os países; a criação de um órgão para discussões a respeito das águas no bioma; além da preservação da biodiversidade e da floresta foram alguns dos apontamentos feitos pelos parlamentares de Bolívia, Venezuela, Suriname e Colômbia como possíveis notas integrantes desse plano. As discussões vão continuar no encontro de terça-feira (15) e a síntese será apresentada no dia seguinte, quando as resoluções serão aprovadas pelos congressistas.
O senador José Nery (PSOL-PA) afirmou ser essencial a integração dos parlamentos da América Latina e o fortalecimento do Parlamaz, para que se possa pensar especialmente na questão da soberania das nações em relação à floresta amazônica.
- A integração é fundamental para pensar os temas comuns relacionados com a soberania da região que, a meu ver, vem sendo frontalmente atacada por decisões do governo dos Estados Unidos - disse, citando o Plano Colômbia, uma iniciativa dos EUA para combater a produção e o tráfico de cocaína na Colômbia.
Para José Nery, além do tema soberania, o planejamento para os próximos anos deve tocar em pontos como a questão da sustentabilidade social, econômica e cultural; a adoção de políticas e ações que garantam a integração regional e solidariedade entre os povos; a defesa de uma agenda comum para um projeto de desenvolvimento que leve em conta a sociobiodiversidade regional e a atenção aos direitos dos povos indígenas.
- Há uma diversidade de temas que o planejamento do Parlamaz deve incluir como parte da sua ação para promover essa interação, baseado no interesse comum dos nossos povos e, em certa medida, fazendo contraponto aos interesses externos, que querem interferir nas decisões políticas dos nossos governos para fortalecer os interesses dos Estados Unidos. É uma questão da soberania, tem que fazer parte como tema comum e estratégico, necessário e urgente para a agenda comum do Parlamaz - disse.
Elina Rodrigues Pozzebom / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
14/07/2008
Agência Senado
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