Parlamento do Mercosul encerra trabalhos de 2008



O Parlamento do Mercosul (Parlasul) realizou nesta quinta-feira (18) a última sessão do ano de 2008. O presidente do parlamento, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), também despediu-se do cargo. No próximo ano, em 9 de fevereiro, o Parlasul volta a se reunir e elegerá uma nova Mesa Diretiva.

- Saio dessa Presidência com um grande aprendizado e espero ter correspondido à confiança que depositaram em mim. Pode não parecer, mas dei o melhor de mim. Sei que é muito difícil presidir este parlamento - disse o deputado, referindo-se às diferentes culturas nacionais ali representadas.

Ao fazer um balanço da gestão brasileira, Dr. Rosinha disse que um dos grandes desafios vencidos foi dar visibilidade ao Parlasul, escolhendo temas importantes para o debate parlamentar, como a Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a crise financeira internacional . Ele também destacou a participação do Parlasul no referendo da Bolívia como um dos temas que não estavam na pauta da organização.

O presidente ainda ressaltou os avanços alcançados nas negociações que resultaram na criação de um grupo de trabalho para elaborar um mecanismo de consulta ao Parlasul para a aprovação de acordos internacionais no âmbito do Mercosul. Ele citou também o informe de direitos humanos, que será divulgado no início do próximo ano, e a organização administrativa do Parlamento.

Dr. Rosinha lembrou que o Paraguai será o próximo país a assumir a Presidência do Parlasul. A Mesa Diretiva - composta pelo presidente e três vice-presidentes de países diferentes - é a responsável pela elaboração da pauta que vai ser apreciada pelo Plenário. A partir da entrada da Venezuela, a Mesa Diretiva contará com mais um vice-presidente.

Na avaliação do presidente, os desafios a serem enfrentados pela próxima gestão serão a regulamentação do artigo 4° inciso 12 do Protocolo Constitutivo do Parlasul, através da Comissão do Mercado Comum, e a definição das regras em que será baseada a representação de cada país no Parlasul. Ele assinalou que essas duas questões precisam avançar na próxima gestão. Dr. Rosinha também manifestou preocupação com a eleição direta, em 2010, dos parlamentares brasileiros para o Parlasul.

- O eleitor brasileiro ainda não tem o conhecimento do que significa o Parlamento do Mercosul e das suas atividades. Por isso, é importante um processo eleitoral em que tenhamos horário eleitoral gratuito e voto obrigatório - disse.



18/12/2008

Agência Senado


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