Parque da Várzea do Embu-Guaçu faz campanha para transformar óleo em sabão



Unidade faz campanha para recolher resíduo e transformar em produto de limpeza.

 Cortado pelo Rio Embu-Guaçu e pelo Ribeirão Santa Rita, dois contribuintes da Represa do Guarapiranga, o Parque Estadual da Várzea do Embu-Guaçu está localizado inteiramente em área de proteção ambiental, assim como o município do mesmo nome, no qual se localiza. A posição geográfica torna fundamental a ação de educação ambiental desenvolvida pela administração do parque, que agora dará início a uma campanha envolvendo os freqüentadores dessa unidade de conservação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

A proposta da campanha é criar um posto de recolhimento de óleo de cozinha usado e utilizar esse resíduo para fazer sabão, evitando que seja lançado no esgoto e acabe atingindo a represa, que abastece cerca de três milhões de pessoas, entre as quais a própria população local.

O diretor do parque, Gilberto Passos, informa que o resíduo deverá ser depositado em tambores, dispostos no Núcleo de Educação Ambiental ou na portaria da unidade. “O importante é que a população se conscientize e passe a dar destinação adequada ao resíduo, ao invés de lançar o óleo no esgoto”. Ele explica que o sabão produzido servirá para a limpeza do próprio parque, além de ser utilizado como sabonete pelos visitantes. Segundo disse, a técnica para a fabricação do produto de limpeza é bastante simples e poderá ser ensinada aos interessados, para uso pessoal ou mesmo para a comercialização.

Para divulgar a iniciativa, Gilberto Passos planeja contar com a colaboração dos grupos de terceira idade, que usam as instalações do parque para atividades físicas, como aulas de ginástica e fisioterapia ministradas por médicos contratados pela prefeitura local. No total, são cerca de 80 pessoas, que participam das atividades realizadas nas terças, quintas e sextas-feiras.

Além desse público assíduo, o parque recebe também grande número de visitantes em busca de lazer, além de alunos da rede pública de ensino. “Só na próxima semana, receberemos um total de 1.090 estudantes no Núcleo de Educação Ambiental”, informa o diretor do parque.

Além de orientar, as ações educativas servem como instrumento para atrair visitantes, pois, segundo Gilberto Passos, o parque ainda é pouco conhecido pela população.

Por isso, ele também se ocupa pessoalmente de fazer a divulgação dos atrativos do parque em todas as oportunidades, por considerar importante o envolvimento e conscientização da população sobre a função dessa unidade de conservação, criada para garantir a preservação da várzea.

O parque

Inaugurado em 1997, o Parque Estadual da Várzea do Embu-Guaçu tem 128 hectares de área total, 80 dos quais cobertos por mata nativa, onde correm os rios Embu-Guaçu e Santa Rita, que fazem parte da Bacia do Guarapiranga.

Por tratar-se de terreno alagadiço, boa parte da área pode ser percorrida por uma passarela de madeira, com cerca de um quilômetro. O terreno fértil abriga grande diversidade biológica, servindo de criadouro natural para diferentes espécies, entre as quais peixes, crustáceos e tartarugas.

Além de um Núcleo de Educação Ambiental, a unidade de conservação abriga também parque infantil, quiosques, área para piquenique e contemplação da natureza. O parque, localizado na Rodovia José Simões Louro Júnior, 111, em Embu-Guaçu, pode ser visitado durante toda a semana, das 7 às 18 horas.

Da Secretaria do Meio Ambiente 

C.M.



04/10/2008


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