PATROCÍNIO ALERTA PARA PERIGOS DO BRONZEAMENTO ARTIFICIAL
De autoria do senador Carlos Patrocínio (PFL-TO), encontra-se na Comissão de Assuntos Sociais, para ser deliberado em caráter terminativo, projeto que obriga a fixação, em equipamentos de bronzeamento artificial, do aviso de que ele pode causar câncer de pele, catarata e envelhecimento precoce. O mesmo aviso deve ser fixado nos ambientes em que se realizam essas aplicações.Patrocínio quer alterar a lei que regulamenta a propaganda de medicamentos para obrigar a fixação de avisos bem legíveis que aconselhem o usuário a evitar bronzear-se artificialmente mais de dez vezes por ano e que contenham a seguinte informação: as câmaras emitem raios UVA e UVB; a radiação emitida é mais intensa que a do sol; e menores de idade não devem fazer bronzeamento artificial.Carlos Patrocínio reportou-se a dermatologistas que advertem sobre o perigo desse tipo de bronzeamento e sobre o fato de que, diariamente, 30 mil brasileiros, dos quais 80% mulheres, visitam clínicas que oferecem esse serviço. Também relatou que pesquisas realizadas na Europa indicam que as mulheres submetidas a mais de 20 minutos desse bronzeamento por ano têm sete vezes mais chances de terem melanoma (tumor constituído de células pigmentadas por melanina) após os 30 anos de idade. Nessas clínicas, conforme Patrocínio, os clientes recebem informações erradas, provavelmente em conseqüência da ignorância dos próprios funcionários que operam os equipamentos. Conforme o senador, especialistas afirmam que dez minutos de radiação artificial equivalem a um dia inteiro de sol, pois as máquinas emitem uma quantidade média de raios UVA dez vezes maior que a radiação solar.
20/03/2000
Agência Senado
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