Patrocínio defende cooperativa habitacional para população de baixa renda



Lembrando que o déficit habitacional brasileiro ultrapassa os 5,7 milhões de unidades, sem falar nas residências precárias, mal urbanizadas e mal localizadas, o senador Carlos Patrocínio (PTB-TO) pediu, nesta segunda-feira (9), que o governo adote com urgência uma política de moradia em benefício da população de média e baixa renda.

Patrocínio recomendou a cooperativa habitacional como uma das melhores soluções para o problema. Segundo o parlamentar, assumindo a construção do imóvel, as famílias conseguem reduzir os custos de aquisição em mais de 40%.

O senador disse que, infelizmente, no Brasil, mesmo com as dezenas de programas governamentais de moradia, a população carente continua habitando lugares miseráveis.

- É imprescindível que o governo incentive associações e cooperativas habitacionais autogeridas e populares, como parte de uma política habitacional realista. Resolvendo o problema habitacional, estaremos oferecendo ao nosso povo possibilidade de exercer dignamente um direito que é seu - o de cidadania - disse o senador.

Patrocínio afirmou que a extinção do Banco Nacional de Habitação (BNH), sem que outro órgão fosse criado para substitui-lo, trouxe prejuízos para as classes de média e baixa renda. Com o desmoronamento do atual sistema financeiro de habitação, inclusive com a suspensão dos empréstimos para a classe média, 12 milhões de brasileiros que ainda se encontram na fila da casa própria -assistem ao término de suas esperanças-, disse o senador. Segundo o parlamentar, apenas cerca de 35 mil unidades habitacionais são financiadas, anualmente, com recursos dos depósitos de poupança.

Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) disse que o desmantelamento do sistema financeiro de habitação não foi seguido de qualquer outro mecanismo que pudesse, de maneira eficiente, fazer com que o financiamento habitacional atingisse as populações de média e baixa renda no Brasil. Mozarildo também lastimou a inexistência de um diagnóstico preciso e de uma solução eficaz para o déficit habitacional.

Ao final do discurso, o senador Carlos Patrocínio manifestou sua preocupação com o estado de saúde do senador Lauro Campos (PDT-DF). Mencionando informações recebidas da filha de Lauro Campos, ele disse que, depois de retornar para casa, o parlamentar teve que voltar para a Unidade de Terapia Intensiva, de onde será encaminhado para tratamento em São Paulo.



09/12/2002

Agência Senado


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