Patrocínio despede-se do Senado pedindo maior empenho contra corrupção



Depois de 14 anos representando o estado do Tocantins, o senador Carlos Patrocínio (PTB) despediu-se do Senado nesta segunda-feira (16) fazendo um apelo para que a classe dirigente do Brasil se empenhe na luta contra a corrupção. Ele disse que corruptores e corrompidos precisam ser punidos e que o país deve acabar com a cultura do jeitinho brasileiro e da chamada Lei de Gerson, de querer levar vantagem em tudo.

- Se o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva conseguir diminuir 50% da corrupção do país, terá recursos mais que necessários para implantar todos os seus programas sociais e ainda sobrará dinheiro. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aquilata a roubalheira per capita, chegou à conclusão de que se não roubassem tanto, cada brasileiro teria R$ 6 mil por ano - afirmou Carlos Patrocínio.

Patrocínio disse que sempre pautou sua atividade parlamentar utilizando-se de três pontos da ótica médica, estratégia que conhecia bem. Tentar diagnosticar os problemas foi o primeiro eixo de sua atuação. O segundo foi tentar traçar ações preventivas, e o terceiro, trabalhar para erradicar os males, buscando sempre o equilíbrio.

Entre as atividades desempenhadas por Patrocínio no Senado, ele destacou sua indicação para relator da comissão parlamentar mista de inquérito destinada a estudar a incidência de esterilização em massa de mulheres no Brasil. O senador também lembrou das gestões que fez para que Tocantins passasse a contar com uma instituição federal de nível superior e das emendas que apresentou, com apoio da bancada federal do estado, para a construção da ferrovia Norte-Sul.

- Durante quatro anos exerci as atribuições de 2º secretário da Mesa Diretora da Casa, sob a competente presidência de Antônio Carlos Magalhães. Ressalto dois momentos que considero marcos de grande importância para o Senado e para o Poder Legislativo em suas três instâncias: a implantação da Unilegis (Universidade do Legislativo) e do Interlegis (Comunidade Virtual do Poder Legislativo). Empenhei-me para que esses dois organismos se tornassem realidade, tendo sido relator do empréstimo solicitado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que possibilitou a concretização do Projeto Interlegis - enumerou Carlos Patrocínio.




16/12/2002

Agência Senado


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