Patrocínio quer campanha permanente de alerta sobre males da hipertensão



Diante dos custos sociais crescentes da hipertensão arterial no Brasil, o senador Carlos Patrocínio (PFL-TO) reivindicou, nesta segunda-feira (dia 9), uma campanha nacional e permanente de esclarecimento da população sobre os perigos da doença. Ele alertou para o fato de que, na maior parte dos casos, não existe sintoma ou sinal da hipertensão, fazendo com que a maior parte dos hipertensos sequer saiba que sofre desse mal.

Segundo Patrocínio, a hipertensão, mesmo assintomática, traz sérios riscos a órgãos nobres do corpo, como cérebro, coração e rins. A doença aumenta, diretamente, o risco de infarto do miocárdio, de problemas vasculares no cérebro que podem levar a um derrame, bem como de insuficiência renal.

O senador por Tocantins citou estatísticas dos Ministérios da Previdência e Assistência Social e do Trabalho e Emprego, considerando a hipertensão como uma doença de alto custo social, responsável por cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalho. "Não obstante tanta gravidade, a hipertensão ainda é conhecida como o mal que mata em silêncio", observou.

Patrocínio explicou que a medicina ainda não conhece, cabalmente, as causas da hipertensão, embora tenha estabelecido que fatores como hereditariedade, elevação da faixa etária, obesidade, tabagismo e sedentarismo contribuem para o aparecimento ou aumentam a probabilidade de ocorrência da hipertensão arterial.

Modernamente conceituada como uma síndrome caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, alterações metabólicas e hormonais, hipertrofias cardíaca e vascular, somente em estágios bem avançados a hipertensão apresenta sintomas como falta de ar, sangramento nasal, dores no peito e na cabeça, alterações da visão e vertigens, advertiu.

"Prevenir é a solução", disse Patrocínio, aplaudindo a iniciativa das Sociedades Brasileiras de Cardiologia, Hipertensão e Nefrologia de se engajarem, ao lado do Ministério da Saúde, em campanhas por um diagnóstico mais precoce da hipertensão.

Carlos Patrocínio também considerou muito útil a decisão dos dirigentes de 16 associações de fundar a Confederação Nacional das Associações de Portadores de Hipertensão Arterial (Conapa) para espalhar associações nas cidades e reivindicar campanhas informativas e medicamentos mais baratos às autoridades.

09/04/2001

Agência Senado


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