PATROCÍNIO QUER JUROS MAIS BAIXOS PARA AGRICULTURA NO TOCANTINS
O senador Carlos Patrocínio (PFL-TO) instou o governo a mudar as condições impostas aos agricultores envolvidos na terceira etapa do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (Prodecer III), projeto de cooperação Brasil-Japão, implementado no Tocantins. "A fixação dos juros dos empréstimos em 29,34% ao ano, acrescidos de taxas de administração de 3% e de risco de 2% representam exigências que inviabilizam qualquer produção agrícola", garantiu.Segundo Patrocínio, essas condições ficam mais "irrazoáveis e injustas", se lembrarmos que a taxa incidente sobre o capital emprestado pela agência japonesa é de apenas 2,75% ao ano. "Se considerarmos que os recursos oriundos do Japão constituem 60% do capital investido no projeto, enquanto o governo federal entra com 30%, devemos constatar que há um desvirtuamento dos fins visados pelo programa".Patrocínio lembrou que a inadimplência que se verifica no pagamento das obrigações do Prodecer III está diretamente ligada à cobrança dos juros exorbitantes. "Dívidas no valor de R$ 1,2 milhão obrigaram o governo estadual ao desembolso de R$ 600 mil junto ao Banco do Brasil. A continuidade do programa de cooperação, que previa uma quarta etapa - com novos investimentos nas localidades onde já funciona - ficou comprometida, trazendo a suspensão da negociação entre as autoridades dos dois países", disse.Para o senador, houve "uma sucessão de erros que está inviabilizando um empreendimento dos mais exitosos, desperdiçando recursos de um país amigo, bem como nosso potencial agrícola, levando ao desespero produtores rurais que apenas querem o lucro justo de seu esforço. Por todas essas razões, enfatizo a urgência de se chegar a uma solução sobre os agricultores do Prodocer III".
03/05/1999
Agência Senado
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