Paulo Davim cobra ações mais efetivas no combate à mortalidade materna
Em comemoração ao Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, celebrados no último 28 de maio, o senador Paulo Davim (PV-RN) cobrou medidas mais efetivas de saúde pública no combate à mortalidade materna no país. O senador explicou que programas criados recentemente pelo governo, como o Rede Cegonha, já começam a dar resultados, mas ainda é preciso dedicar atenção especial às regiões com maior índice de morte de mulheres, como o seu estado, o Rio Grande do Norte. Só assim será possível atingir a meta do milênio definida pela Organização das Nações Unidas (ONU), de um máximo de 35 mortes de mulheres para cada 100 mil crianças nascidas.
Paulo Davim informou que, no Brasil, a mortalidade materna caiu de 141 mortes por 100 mil nascidos em 1990 para 68 mortes para cada 100 mil crianças nascidas em 2010. Os números de 2011 ainda não estão fechados, mas a comparação do primeiro trimestre com o mesmo período do ano anterior apontou uma queda de 19% nessa estatística. Por todo o mundo, ressaltou o senador, a situação ainda é muito desigual. Estatísticas revelam que a cada minuto uma mulher morre no planeta em razão de trabalho de parto ou complicações da gravidez.
Para 2015, a ONU estabeleceu como meta do milênio o índice de 35 mulheres mortas para cada 100 mil crianças nascidas. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse estar otimista de que o Brasil conseguirá o feito, a partir de medidas como o Rede Cegonha, que assegura atendimento pré-natal às gestantes e acompanhamento pediátrico ao recém-nascido, entre outras ações. Davim afirmou também acreditar nesta possibilidade, mas ressaltou que é preciso tratar agir de forma efetiva, principalmente nas regiões onde os índices não apresentaram pouca ou nenhuma queda, como o Nordeste e o Sudeste.
- É preciso que se chegue a soluções concretas para redução da mortalidade materna. Não é admissível que mulheres desprovidas de recursos materiais, em situação de desespero, tenham que continuar arriscando suas vidas em abortos temerários, realizados em condições precárias. Muito menos aceitável ainda é que ocorra risco de morte em um dos momentos mais sublimes de suas vidas, aquele de trazer ao mundo novos seres humanos, seja por falta de um acompanhamento pré-natal, seja por um parto mal conduzido – cobrou.
30/05/2012
Agência Senado
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