Paulo Paim pede mais dinheiro para municípios afetados pela seca no Sul



O senador Paulo Paim (PT-RS) pediu da tribuna nesta quarta-feira (27) que o governo federal destine mais recursos aos municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas recentes secas. Informou que os R$ 20 milhões liberados estão longe de resolver os problemas que vêem enfrentando um milhão de pequenos agricultores de aproximadamente 250 de municípios.

Disse que o seu estado receberá "apenas 2,2%" das verbas que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva colocou na Medida Provisória (MP 463/09), que libera R$ 880 milhões para amenizar as dificuldades das regiões do Norte-Nordeste (chuvas) e do Sul (secas). Paim informou ainda vêm ocorrendo deste ontem (terça, 26) manifestações de agricultores e de entidades ligadas à terra nas regiões afetadas, com o fechamento de rodovias.

Também nesta terça-feira, cerca de 100 prefeitos prefeituras paralisaram suas atividades, em protesto por mais verbas. Informou que cada prefeitura deverá receber, caso não haja aumento dos recursos, apenas R$ 80 mil, em média. De acordo com o senador gaúcho, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul calcula que haverá necessidade de pelo menos R$ 300 mil para cada município com até 10 mil habitantes. No próximo dia 4, acrescentou, haverá paralisações nos 496 municípios do Rio Grande do Sul, com a mesma finalidade.

- A crise do campo já chega às cidades gaúchas, com desemprego no comércio e na indústria. Afinal, os produtores rurais perderam 900 mil toneladas de milho e 1,5 milhão de toneladas de soja - disse. Paulo Paim informou ter apresentado emendas à MP 463/09, as quais ampliam em R$ 40 milhões o atendimento aos municípios e aos agricultores.

No mesmo pronunciamento, o senador do Rio Grande do Sul disse que a decisão dos parlamentares que defendem os aposentados de deixar para o dia 8 de junho a votação de vetos sobre reajustes de aposentados "não quer que a causa foi abandonada". Para ele, a data foi escolhida para dar tempo às negociações com os parlamentares. Acrescentou que o presidente do Senado (e do Congresso), José Sarney, não tem nada a ver com o adiamento - "O presidente me disse que colocará em votação o veto no dia que quisermos", disse Paulo Paim. O veto impediu um reajuste de 16,67% nas aposentadorias do INSS. 



27/05/2009

Agência Senado


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